quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Vida doce

toda beira é final de dois
eu deixo tudo sempre pra fazer mais tarde
e assim eu caminho no tempo que bem entender
afinal faz parte de mim ser assim.
mais um pouco e vai dar sinal
brinco de esconder
caminho de fé
não vou mais só no que a vida me traz

vida que é doce levar o caminho é de fé
diga que eu não vou
onde você for vida me leva
e todo sentimento me carrega

quem no balanço do mar caminha num baque só
quem no balanço do mar caminha num baque só
vida que é doce levar avisa de lá que eu já sei
todo balanço que dá neste navegar naveguei.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

ESTA HISTÓRIA COMEÇA,

ASSIM COMO A MAIORIA DAS COISAS, com uma música.
Afinal de contas, no começo havia as palavras, e elas vinham acompanhadas de uma melodia. Foi assim que o mundo foi feito, que o vazio foi dividido e que a terra, as estrelas, os sonhos, os pequenos deuses e os animais vieram ao mundo.
Eles foram cantados.
Os grandes animais foram cantados para a existência depois que o Cantor já havia criado os planetas, as colinas, as árvores, os oceanos e os pequenos animais. Os penhascos que cercam a existência foram cantados, assim como os campos de caça e a escuridão.
As canções permanecem. Elas perduram. A canção certa pode fazer um imperador torna-se motivo de chacota, pode arruinar toda uma dinastia. Uma canção pode permanecer depois que os acontecimentos e as pessoas nelas descritos terem se transformado em pó, em sonhos e morrido. Esse é o seu poder. (...)

Neil Gaiman.

Faded from the winter.

Spoken words like moonlight
You're the voice that I like.

Quero.

" Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, Mesmo quando a situação não for muito alegre... E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém... E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto. Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho... Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele."

Mario Quintana.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

-

Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis, e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, "quebrei a cara muitas vezes"! Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só para escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo). Mas vivi, e ainda vivo! Não passo pela vida… E você também não deveria passar! Viva! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é "muito" pra ser insignificante.

Charles Chaplin.

Eu só aceito a condição,

de ter você só pra mim.
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

-

The sights, the sounds
They're everywhere and all around
I've never felt so good before
This empty place inside of me is filling up
I simply cannot get enough

I want it, oh, I want it
Oh, I want it for my own
I've got to know
I've got to know
What is this place that I have found?
What is this?
Christmas Town, hmm... ♪


Feliz natal!!! =D

sábado, 20 de dezembro de 2008

-

Vejo você anjo,
bem ao meu lado, sorrindo
tão alegre que contagia a alma
envenena este corpo mundano que entorpecido pelos desejos que querem me levar além do conhecimento de que estou vivo.

Guillen ♥


(Nerd, obrigada, gostei muito. =****)

Quando eramos um só.

Lembra de quando tudo começou?
A nossa história de amor já é bem maior que nós...
Pipoca e sorvete na chuva caíram como uma luva,
Era bom demais te ter aqui!

Eu te contava os meus segredos
E com você não tinha medo
Das pessoas, das mentiras e covardias do mundo ao nosso redor!

E agora, que eu vou reviver a história
de um tempo em que eu era feliz...
A história de nós dois!
O mundo parecia tão pequeno, divertido e sereno quando éramos um só.

Saudades das festas de debutantes,
livros e fotos nas estantes me faziam relembrar...
E princesa, rodopia no salão e pega na minha mão,
queria mais um abraço seu...

E conhecia os meus defeitos,
implicâncias e trejeitos
e as pessoas, alegrias e maravilhas do mundo ao nosso redor.

___.

Então, ontem o dia cheirou MUITO a alegria.
Tive uma tarde maravilhosa, ri muito, conversei bastantes e os shows foram ótimos =D
Revi pessoas que não via hááá muito tempo. ♥

PS: Quando eramos um só é uma música do Bruno Negaum, que tocou ontem lá.
Foi ótimo, foi lindo. *-*

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

( ♪ )

Dorme em paz, já é madrugada
Não dê ouvidos aos ruídos, a essa falta de ar
Meu amor, não pense mais em nada
Feche os olhos e as janelas
Deixe o sono te levar
Pelo escuro

Deixa eu te ninar
Dedilhar os teus cabelos
Teus pesadelos vão terminar...

sábado, 13 de dezembro de 2008

Saudade.

Pois é, o ano está pertinho de acabar, e em breve mais um ano virá e com ele inúmeras coisas que ainda nem conseguimos imaginar.
Se eu parasse para fazer uma restropectiva do que me aconteceu esse ano, eu demoraria muito tempo, sei lá, foi um ano cheio de realizações pra mim.
As pessoas que já conviviam comigo e que permaneceram, as pessoas que conheci e que vou levar no meu coração pro resto da vida, e também aquelas que passaram pouquissimo tempo deixando uma boa lembrança, ou não.
As saídas, os dias que fiquei em casa, as risadas, as vezes que chorei, minhas crises de carência, meus ataques de raiva, minha indiferença, minhas tpm's, minha atitudes inconsequentes e até loucas dependendo do motivo, as mentiras, as verdades mesmo sabendo quem nem todos iam acreditar, as festas super badaladas, os shows quem nem foram tantos assim, os amores, as pessoas que passei a não gostar, as palavras ditas, os livros lidos, as músicas escutadas, e as outras inúmeras coisas que aconteceram foram simplismente mágicas. (adoro essa palavra)
É incrivel como a cada dia que passa você muda um pouco, mesmo sem perceber. E a gente luta pra que essas mudanças sejam pra melhor, sinto que mudei bastante, mas não sei dizer que foi pra melhor, acho que minhas atitudes podem responder por mim e as pessoas que me rodeiam concordar ou não.
Vou sentir muita falta de coisas que me aconteceram esse ano e que por descuido eu deixei que se afastassem de mim, as vezes por puro orgulho.
Parando pra pensar, vejo que cresci em alguns aspectos, não que eu esteja dizendo estar mais madura, mas sei que as coisas erradas que fiz não serão repitidas num futuro próximo. Tenho dizer pra mim mesma que não se deve errar mais de duas vezes, e tou tentando fazer isso valer.
Sem falar que esse foi o último ano de uma longa etapa da minha vida, meu colegial. Foram 14 anos dentro de um colégio (sempre mudando, claro) e tanta coisa que aprendi e que nunca vou esquecer. Os amigos, os professores quem sempre esiveram prontos para me ajudar sempre que precisei. Teve aqueles professores que eu nunca gostei e que não ver nunca mais e tem aqueles que amo muito e vou sentir uma dor enorme de ter que abandona-los para continuar com minha vida. Teve os amigos que foram os ditos "amizade de colégio" e assim que sai de um determinado colégio, acabei esquecendo deles, mas também teve os que estão até hoje comigo, seguindo e acompanhando minha vida e eu não quero nunca abrir mão desses amigos.
Um nova etapa se inicia, não sei o que espera por mim e realmente as vezes prefiro nem saber.
Uma sensação de acabou toma conta de mim, é tão triste.
Mas eu sei coisas boas estão por vir, eu sinto isso, as coisas que não deram certo serviu de lição pra dá próxima vez, poder dar certo e sei, que tudo, TUDO que aconteceu esse ano e só um pouquinho do que vou viver.
Agora é esperar e ver o que a vida ainda tem pra me mostrar. (yn)

Essa semana tem sido muito boa, cheirou a alegria, misturada com uma pitada de saudade.

There are places I remember all my life,
Though some have changed,
Some forever, not for better,
Some have gone and some remain.
All these places had their moments
With lovers and friends I still can recall.
Some are dead and some are living.
In my life I've loved them all... ♪

Amo vocês, de verdade. ♥
E é como o Amarante diz: "E vou levando assim, que o acaso é amigo do meu coração."

domingo, 7 de dezembro de 2008

Passou.

É íncrivel como as coisas acontecem de forma inusitada na nossa vida. Coisas que acontecem e que você não espera, mas posso dizer que estou até feliz com o rumo que as coisas estão tomando, nem tudo é como a gente quer, mas as vezes é melhor mesmo que não seja. A felicidade tinha se afastado um pouquinho de mim e acabou voltando de vez e vou fazer de tudo pra que ela fique cada vez mais perto.

Passou o primeiro dia da segunda fase, dessa vez não sei dizer como me sai, estou até com medo.
Ainda tem amanhã, então, vamos ver né?

sábado, 6 de dezembro de 2008

Pois é, poesia.

Quem escreve um poema deixa gravado sua forma de olhar as coisas.
Cada pessoa tem um jeito particular de olhar a vida e as coisas da vida.
Por meio deste olhar, a poesia é uma fotografia.
Nessa antologia, você conhecerá o olhar lançado por Henriqueta Lisboa sobre uma menina e a natureza e o ulha de despedida de José Paulo Paes, bem como o olhar doce de Cecília Meireles e o olhar engraçado de Sérgio Capparelli e Ana Cláudia Gruszynski.
Cora Coralina olha com o olhar de todas as vidas e Mario Quintana a adolescência com seus olhos sempre mansos.
Jorge de Lima debruça seu olhar sobre a eternidade e Marina Colasanti se faz tartaruga para olhar com seus olhos de bicho, um olhar de lenta descoberta.
O olhar penetrante de Paulo Leminski não discute o que vê, o de Álvares de Azevedo não mente e o de Ferreira Gullar nos leva sempre a uma séria constatação.
Manuel Bandeira olha com delicadeza os meninos pobres que perdem sua infância no trabalho e Ruth Rocha nos leva a olhar a vida com mais leveza e alegria.


(Ganhei o livro, vou postar alguns dos poemas que tem nele)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

(...)

-


Te conheci
E morri de rir da tua risada
Mal percebi
E além de ti lá não via mais nada.

--------

----------, o céu do teu olhar
Ilumina um jardim imperial
Conduz a vida nessa paz azul
Pra sempre encontrar
Janelas pro mar
---------- escuta o coração
Que palpita perturbando a razão
Expõe teus sonhos aos raios de luz
Pra estar sempre assim de frente ao jardim.

(No lugar dos tracinhos, encaixe seu nome ou de alguém, fica bem legal.)

=D

Acabei te abandonando querido blog. ~~;
Mas é por um motivo muito bom, o vestibular.
Passei na primeira fase e tenho GRANDES chances de passar na segunda fase.
Domingo já é a prova, estou super ansiosa, digo até estressada.

Bem, depois de segunda feira volto a te visitar e acho que com textos que eu mesma fiz, hehe.

=*

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

~

Hoje não estou bem.
Sabe aquele dia em que você acorda e se sente muito, mas muito inútil?
Sei lá, falta sentido pra fazer qualquer coisa. Você olha pro lado e não vê ninguém, eu realmente não queria ver ninguém mas tento acreditar que sozinho não podemos fazer nada, que não adianta se trancar no quarto e lamentar, deve existir alguma forma de mudar a situação. Passou o dia e a angústia só fez aumentar, não consegui fazer nada que fosse bom, não dormi, não estudei, não encontrei ninguém pra conversar, tive vontade de chorar, mas não chorei, tive vontade de sair por ai e pensar um pouco, mas também não fiz isso.
Tou querendo (precisando) de um abraço forte, uma palavra dita com sinceridade, um beijo cheio de amor, uma risada bem alegre... Sei lá, qual coisa que me tire desse vazio sem sentido, dessa mania chata de pensar besteiras, de sentir dor e não saber explicar porque.
Alguém me arruma uma aspirina, mas pra curar dor de dentro.

Devo está carente, só pode.
Não gosto de me sintir assim, saco. ~~;


Saudades no coração, roupas de frio no verão, a lua crescente sorri, ainda é noite clara aqui... ♪

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Um dia.

...Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem. Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ... Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável... Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples... Um dia percebemos que o comum não nos atrai...Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom... Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você... Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso... Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais... Enfim... Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito... O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras... Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

Mário Quintana.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Poesia.

Ó jardins enfurecidos,
pensamentos palvras sortilégio
sob uma lua contemplada;
jardins de minha ausência
imensa e vegetal;
ó jardins de um céu
viciosamente freqüentado:
onde o mistério maior
do sol da luz da saúde?

João Cabral de Melo Neto.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O poema e a água.

As vozes líquidas do poema
convidam ao crime
ao revólver.

Falam para mim de ilhas
que mesmo os sonhos
não alcançam.

O livro aberto nos joelhos
o vento nos cabelos
olho no mar.

Os acontecimentos de água
põem-se a se repetir
na memória.

João Cabral de Melo Neto.

Noturno.

O mar soprava sinos
os sinos secavam as flores
as flores era cabeças de santos.

Minha memória cheia de palavras
meus pensamentos procurando fantasmas
meus pesadelos atrasados de muitas noites

De madrugada, meus pensamentos soltos
voaram como telegramas
e nas janelas acesas toda a noite
o retrato da morta
fez esforços desesperados para fugir.

João Cabral de Melo Neto.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

João Cabral de Melo Neto.

Recifense (com orgulho, claro), vivendo sua infância rodeado de cana-de-açúcar, amante do futebol, amigo de Carlos Drummond de Andrade, cônsul de vários países, depois se tornando embaixador, teve vários filhos, escreveu vários livros (maravilhosos) sendo o mais conhecido Morte e vida severina, ocupa a sexta cadeira da Academia Brasileira de letras, atormentado por uma dor de cabeçae logo em seguida descobrindo que sofria de uma doença degenerativa incurável, que faria sua visão desaparecer aos poucos, o poeta anunciou que ia parar de escrever.
Aos 79 anos, apaga-se a voz de significação universal, com a singularidade do seu verso e não conseguindo realizar o sonho : que era ver o América Futebol Clube voltar aos seus dias de glória.
Descanse em paz, poeta João. A sua presença jamais deixará de estar conosco. Teremos o consolo da sua poesia imortal.
Hoje comecei a ler a sua antologia poética, vou postar algumas coisas aqui.
"solitude, récif, éloile..."
"...machine à émouvoir..."
"riguroso horizonte"

(Des) autoria.

você era um poema
de (ras)cunho pessoal
mas abri mão
do direito autoral.

Jeanine Will.

domingo, 9 de novembro de 2008

Brisa do mar.

Brisa do mar,
Confidente do meu coração
Me sinto capaz de uma nova ilusão
Que também passará,
Como ondas na beira de um cais
Juras, Promessas, Canções
Mas por onde andarás
Pra ser feliz não há uma lei
Não há, porém, sempre é bom
Viver a vida atento ao que diz
No fundo do peito o seu coração
E saber entender
Os segredos que ele ensinar
Mensagens sutis
Como a brisa do mar.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Diz que vai bem.

Só quero te dizer, meu bem
Esquece tudo agora e vem
Comigo nessa dança ver
O novo dia amanhecer
Segue o meu passo vem
Juntinho do meu rosto vem
Colar os teus lábios nos meus
Reacender o amor que não morreu
Que não morreu
(...)

Mas meu coração diz
Que a nossa História não teve um fim.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

-

Deixa ser.
Como será quando a gente se encontrar ?
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar.
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar.

(...)

"Seremos ainda românticos ---- E entraremos na densa mata, em busca de flores de prata, de aéreos, invisíveis cânticos. (...) Respiraremos a frescura dos verdes reinos encantados.

Epigrama 11.

" A ventania misteriosa passou
na árvore cor-de-rosa e
sacudiu-a como um véu,
um largo véu, na sua mão.
Foram-se os pássaros para o céu,
mas as flores ficaram no chão."

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ainda hoje,

Sentada na escada, de cara amarrada, pensei em você. E em todas as suas loucuras, aquelas loucuras, e eu não sei porque, tudo que você fala no meu ouvido a minha cabeça mistura (...)

Guardar tudo numa caixa.

Perfumes,sonhos, tickets, clips, surpresas, alfinentes, bilhetes, cartas, papéis, brincos, lenços, camisinhas, baralhos, costuras, anéis, botões, luvas, acessórios, doces, documentos, ímãs, moedas, passagens, cheques, exames, sabonetes, elásticos, balas, adesivos, remédios, colares, pulseriras, trecos, recibos, receitas, batons, memórias, bijoux, fitas, óculos, algodão, pílulas, grampos, maquiagem, canetas, flyers, tistac, selos, tesouras, chaves, bilhetes, desejos, dados, fotos, carteiras, contas, chicletes, fichas, envelopes, promessas, pilhas, sonhos, apontadores, estojos, sapatos, absorvente, presilhas, pentes, escovas, cd's, álbums, laços, risadas, compras, sacolas, vestidos, esmaltes, lembranças, amor....

Geralmente

Quando os problemas aparecem é quando a gente está desprevinido, não é? ERRADO! É você que perdeu o controle da situação, perdeu a capacidade de controlar os desafios, principalmente quando a gente foge das lições que a vida coloca na nossa frente. Você se acha sempre incapaz de resolver, se acovarda, o pensamento é a força criadora. O amanha é ilusório porque ainda não existe. O hoje é real, é a realidade que você pode interferir, mas as oportunidades de mudança estão no presente. Não espere o futuro mudar sua vida, porque o futuro será consequencia do presente. Parasita hoje, um coitado amanha. Corrida hoje, vitória amanha. Nunca esqueça disso.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Cinco coisas.

Quero apenas cinco coisas.. Primeiro é o amor sem fim, a segunda é ver o outono, a terceira é o grave inverno , em quarto lugar o verão, a quinta coisa são teus olhos, não quero dormir sem teus olhos. Não quero ser... sem que me olhes. Abro mão da primavera para que continues me olhando.

Neruda.

Aparência X essência.

Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não - ser... Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhece; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!!Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência.

E você... O que pensa disso?
Que desafio, hein?"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la..."

Lispector.

Cego.

“Será mesmo, realmente, amarelo o sol,
e azul o céu, por que não ser lilás, vermelho...
Ou quem sabe seja apenas som?

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Desencontrários.

Mandei a palavra rimar, ela não me obedeceu.
Falou em mar, em céu, em rosa
,em grego, em silêncio, em prosa.
Parecia fora de si, a sílaba silenciosa.
Mandei a frase sonhar, e ela se foi num labirinto.
Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército, para conquistar um império extinto.

Leminski. *-*

Fabinho, esse post é pra tu.
Parabéns querido. ♥

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Armazém de sonhos.

Parece que a poesia está para o poeta
como o alimento está para o estômago!
- Este não existe sem o primeiro;
aquele, sem o outro, não faz sentido.

Poesia é refeição para a alma faminta.
Arroz e carne são felicidade (em chinês)!
O poeta produz sangue para o coração;
o chinês pode ser o protótipo do homem!

Por isso, um verso pode salvar uma vida;
assim, o pão produzirá um herói;
desta forma, a vida vai se confirmando.

Um poema é um Armazém de sonhos!
Quanto mais se sonha, mais se tem fome;
quanto mais se compõe, mais se sonha!

Avaniel.

Ti, lembrei de tu quando li.

For U ♥

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

(...)

.



Tenho ciúmes deste cigarro que você,
fuma tão distraidamente (...)

Voraz.

" Este sorriso que muitos chamam de boca
é antes um chafariz, uma coisa louca (...)
eu, dentro do templo chuto o tempo,
uma palavra me delineia: VORAZ."
Ana C. C.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Idade madura.

As lições de infância
desaprendidas na idade madura.
Já não quero palavras
nem delas careço.
Tenho todos os elementos
ao alcance do braço.
Todas as frutas
e consentimentos.
Nenhum desejo débil.
Nem mesmo sinto falta
do que me completa e é quase sempre melancólico.

Estou solto no mundo largo.
Lúcido cavalo
com substância de anjo
circula através de mim.
Sou varao pela noite, atravesso os lagos frios,
absorvo epopéia e carne,
bebo tudo,
desfaço tudo,
torno a criar, a esquecer-me:
durmo agora, recomeço ontem.

De longe vieram chamar-me
havia fogo na mata.
Nada pude fazer,
nem tinha vontade.
Toda água que possuía
irrigava jardins particulares
de atletas retirados, freiras surdas, funcionários demitidos.

Nisso vieram os pássaros,
rubros, sufocados, sem canto,
e pousaram a esmo.
Todos se transformaram em pedra.
Já não sinto piedade.

Antes de mim outros poetas,
depois de mim outros e outros
estão cantando a morte e a prisão.
Moças fatigadas se entregam, soldados se matam
no centro da cidade vencida.
Resisto e penso
numa terra enfim despojada de plantas inúteis,
num país extraordinário, nu e terno,
qualquer coisa de melodioso,
não obstante mudo,
além dos desertos onde passam tropas, dos morros
onde alguém colocou bandiras com enigmas,
e resolvo embriagar-me.

Já não dirão que estou resignado
e perdi os melhores dias.
Dentro de mim, bem no fundo,
há reservas colossais de tempo,
futuro, pós-futuro, pretérito,
há domingos, regatas, procissões,
há mitos proletários, cndutos subterrâneos,
janelas em febre, massas de água salgada,
meditação e sarcasmo.

Ninguém me fará calar, gritarei sempre
que se abafe um prazer, apontarei os desanimados
negociarei em voz baixa com os conspiradores,
transmitirei recados que não se ousa dar nem receber,
serei, no circo, o palhaço,
serei médico, faca de pão, remédio, toalha,
serei bonde, barco, loja de calçados, igreja, enxovia,
serei as coisas mais ordinárias e humanas, e também as excepcionais:

tudo depende de hora
e de certa inclinação feérica,
viva em mim qual um inseto.

Idade madura em olhos, receitas e pés, ela me invade
com sua maré de ciências afinal superadas.
Posso desprezar ou querer os institutos, as lendas,
descobri na pele certos sinais que aos vinte anos não via.

Eles dizem o caminho,
embora também se acovardem
em face a tanta claridade roubada ao tempo.
Mas eu sigo, cada vez menos solitário,
em ruas extremamente dispersas,
transito no canto do homem ou da máquina que roda,
aborreço-me de tanta riqueza, jogo-a toda por um número de casa,
e ganho.


Drummond.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A flor e a náusea.

Preso à minha classe e a algumas roupas,
vou de branco pela rua cizenta.
Melancolias, mercadorias, espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?

Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.

O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.

Em vão eu tento me explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que triste são as coisas, consideradas sem ênfase.

Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.

Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belo, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.

Por fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1908 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou aos poucos umas esperança mínima.

Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.

Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.

Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.

Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.

Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão ness forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.


Drummond.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Quero.

Na corda bamba, quero ser teu contrapeso
no número das facas, assoviar nos teus ouvidos
no globo da morte, quero ser teu copiloto
no vai e vem do trapézio, quero ser quem te segura

Quero te acompanhar pelas ruas do rio
sorrindo ou chorando
quero me molhar todinha só para te deixar
sequinho neste temporal

Quero te abraçar apaixonada
sentir teu coração pulsar
quero te beijar do arroi ao chuí, bem ti vi

Porque eu sei que teus cabelos são tempestades
que me alucinam
que despencarei toda vez que subir nos teus andaimes
que me esfaquearei transtornado com tuas sutis insinuações
sobre o tempo

Que me transmutarei em nêspera cada vez que me disseres:
“hasta luego, luz del fuego”
que vagarei sem esperanças quando desapareceres
das cenas dos meus próximos capítulos
que capitularei enfim, com a cabeça espatifada
nos escombros do meu próprio coração.


Chacal.

(...)

.

Deixei meus olhos escorrerem ao acaso sobre você e só achei satisfação.

(...)

"já não me habita mais nenhuma utopia.
animal em extinção, quero praticar poesia,
– a menos culpada de todas as ocupações."

Waly *.*

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Você.

-



Você me completa amor,
Meu sonho só é um sonho porque você está nele.

Janelas.


museu, prédio, igreja, banheiro, ausência dentária, de carro, aberta, fechada, quebrada, de ferro, de madeira, windows, redondas, triangulares, simétricas,casa de praia, penitenciaria, urbanas, rurais, de dentro, de fora, frágeis, iluminadas, desenhadas, religiosas,de direita, de esquerda, pervertidas, constrangidas, tímidas, nervosas, sem graça, gripadas, molhadas, falantes, caladas, "de todas as cores,de várias idades,de muitos amores,casada carente,solteira feliz" , cansadas, aidéticas, drogadas, esquecidas, órfãs, vivas, mortas, são de humanas e são de exatas... janelas concretas e abstratas.

(...)

-



Vou-me abstrair.
esvaziar-se e escutar o silêncio.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

domingo, 5 de outubro de 2008

Vida a dois.

Quando acordo de manhã e olho pra você deitado ao meu lado, braços entrelaçados... Eu vejo quanta sorte eu tenho de ter encontrado alguém como você. O tempo passa e o sentimento amadurece, já não somos mais os mesmos, mas o amor ainda cresce e cada dia meu corpo pede mais o seu. Nossa vida de casal, é tudo o que eu sonhei, um dia ter uma família, um grande amor... Pra cuidar a vida inteira.
3 meses. Ti, te amo

terça-feira, 30 de setembro de 2008

O meu amor.

O meu amor tem um jeito manso que é só seu e que me deixa louca quando me beija a boca, a minha pele toda fica arrepiada e me beija com calma e fundo, até minh'alma se sentir beijada. O meu amor tem um jeito manso que é só seu, que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos com tantos segredos lindos e indecentes, depois brinca comigo, ri do meu umbigo e me crava os dentes, eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz. Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz. O meu amor tem um jeito manso que é só seu, que me deixa maluca, quando me roça a nuca e quase me machuca com a barba mal feita e de pousar as coxas entre as minhas coxas, quando ele se deita. O meu amor tem um jeito manso que é só seu, de me fazer rodeios, de me beijar os seios, me beijar o ventre e me deixar em brasa, desfruta do meu corpo como se o meu corpo fosse a sua casa.



Chico Buarque.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

(...)

A abelha que, voando, freme sobre a colorida flor, e pousa, quase sem diferença dela, à vista que não olha, não mudou desde Cecrops. Só quem vive uma vida com ser que se conhece envelhece, distinto da espécie de que vive.
Fernando Pessoa.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Leminski *-*

Desta vez não vai ter neve como em petrogrado
aquele dia o céu vai estar limpo e o sol brilhando
você dormindo e eu sonhando
Nem casacos nem cossacos como em petrogrado
aquele dia apenas você nua e eu como nasci
eu dormindo e você sonhando
Não vai mais ter multidões gritando como em petrogrado
aquele dia silêncio nós dois murmúrios azuis
eu e você dormindo e sonhando
Nunca mais vai ter um dia como em petrogrado
aquele dia nada como um dia indo atrás do outro vindo
você e eu sonhando e dormindo
___.
Apagar-me
diluir-me
desmanchar-me
até que
depois de mim
de nós
de tudo
não reste
mais que
o charme
___.
Amor, então, também acaba? Não, que eu saiba. O que eu sei é que se transforma numa matéria-prima que a vida se encarrega de transformar em raiva. Ou em rima.



Judoca *-----*

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Rubi.

Saio à rua de manhã e me deixo levar, assisto à profusão de cores e de sons. Quem é essa multidão? Por que correr assim? Ninguém aqui jamais será tão só como eu, eu estou agora em outro tempo, outro lugar, longe de mim. Me vejo menina, num gramado, o sol bateu no vidro e então a janela se desenhou no chão. A vida era longa, às vezes distante, era promessa que não sei se cumpri, meus olhos ainda eram diamante, já chorei à beça, de hoje em diante, viraram rubi. Saio das cores, outra de mim. O vidro contra o chão, o sol na multidão. A rua que corre, ninguém como eu, manhã do tempo e então, me desenhei nos sons...

Às vezes.

Às vezes sou pensamento, às vezes sou emoção, às vezes misturo os dois, às vezes não. Às vezes eu teno pressa, às vezes vou de mansinho, não sei se sou avião ou passarinho. Às vezes eu vivo aqui, às vezes vivo na lua, às vezes abro o portão e vou pra rua. Às vezes olho para fora, às vezes olho para dentro, e quando não sei a hora, eu pego e invento. Às vezes faço o que devo, às vezes faço o que quero, às vezes não sei o que quero ou se não quero. Às vezes sinto tristeza, às vezes sinto alegria, às vezes eu viro a noite, às vezes, dia. Às vezes ouço que é sim, às vezes ouço que é não, às vezes só ouço meu coração. Às vezes tenho problema, às vezes tenho resposta, às vezes tenho solução, às vezes não. Às vezes sou menina, às vezes me sinto velha, às vezes acho que o tempo é um mistério. Às vezes sinto esperança, às vezes quase desisto, às vezes nem sei por que eu existo. Às vezes venho para junto, às vezes ando sozinho e fico lá na distância, pertinho.

Cuidar.

Cuidar da vida
como quem cuida
de uma casa
de um jardim
de uma paisagem
de um bicho
de um filho
de um corpo
de um sonho
de um amigo
de um amor

Cuidar do mundo
como quem cuida
da própria vida.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Todo esse ar.

Assim que o dia cai, penso em nós dois e o tempo esvai lembranças ruins. Não posso mais, vêm-me à memória os dias bons, que ficaram pra trás, volta uma vez mais, o mundo é pequeno sem ter com quem dividir as coisas banais. Faz muito tempo que eu não converso sobre a brisa e a sua cor, a dor é muito pra mim e eu não suporto mais. Andar só pelo jardim, me lembra você. E os teus aromas, formas voláteis do nosso amor, todo esse ar pra respirar, eu não vou conseguir, faz muito tempo, eu sei. Eu errei mais uma vez, quantas mentiras, quantas verdades, me esqueci de te contar.

Pessoa impulsiva.

Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou maduro bastante ainda. Ou nunca serei.”

sábado, 20 de setembro de 2008

Santa chuva.

Vem cá que tá me dando
uma vontade de chorar,
não faz assim,
não vá pra lá,
meu coração vai se
entregar à tempestade... ♪

(...)

Triste é ver e não enxergar
Caminhar e não aprender
Escutar e não ouvir
Falar e não dizer
Criar e não expressar
Tocar e não sentir
Pensar e não discutir
Receber e não doar
Saber e não crer
Viver e não amar.

Alcy Filho

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Liberdade.


Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom
Daqui não
Eu vivo a vida na ilusão
Entre o chão e os ares
Vou sonhando em outros ares, vou
Fingindo ser o que eu já sou
Fingindo ser o que já sou
Mesmo sem me libertar eu vou

É Deus, parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro

De que vale ser aqui
De que vale ser aqui
Onde a vida é de sonhar?
É hoje, é hoje! *pula*

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

(...)

Amor é chama que mata,
Dizem todos com razão,
É mal do coração
E com ele se endoidece.

O amor é um sorriso
Sorriso que desfalece.
Madeixa que se desata
Denominam-no também.

O amor não é um bem: Quem ama sempre padece.
O amor é um perfume
Perfume que se esvaece.


Mário de Sá Carneiro.

domingo, 14 de setembro de 2008

Quando estou com ele, eu estou feliz
Só em saber que ele me ama
Sim, eu sei que ele me ama agora
Há uma coisa que eu tenho certeza
Eu vou amá-lo para sempre
Pois eu sei que o amor nunca morre.

__.
Descartando o sempre, ele é muito longe pra mim.
Mas, quem sabe.

???

Será possível de uma fonte só jorrar, água salgada e água pra beber?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Janta.

Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade

Eu quis te convencer mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir
Pode ser a eternidade má
Caminho em frente pra sentir saudade... ♪
~ Contando os dias pro show. *.*

terça-feira, 2 de setembro de 2008

--'

"É preciso ter um caos dentro
de si para dar à luz
uma estrela cintilante."
Nota: Tou triste e estressada, me esqueçam.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

(...)

" Talvez a saudade seja
uma das mais belas
formas de afinidade,
sem ela não teríamos
a alegria do abraço
de alguém que mesmo
distante nos faz bem."

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Menina como uma flor. (parte 3/final)

E já que você é uma menina com uma flor e eu estou vendo você subir agora - tão purinha entre as marias-sem-vergonha - a ladeira que traz ao nosso chalé, aqui nessas montanhas recortadas pela mão de Guignard; e o meu coração, como quando você me disse que me amava, põe-se a bater cada vez mais depressa. E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor.


Acabou!
Achei o texto muito minha cara, obrigada Daniel. =}

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Menina como uma flor. (parte 2)

E porque você é uma menina com uma flor e tem um andar de pajem medieval; e porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e logo conserta, e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca. E porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele escuta e não concorda porque ele é muito meu chapa, e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho. E porque você é uma menina que não pisca nunca e seus olhos foram feitos na primeira noite da Criação, e você é capaz de ficar me olhando horas. E porque você é uma menina que tem medo de ver a Cara-na-Vidraça, e quando eu olho você muito tempo você vai ficando nervosa até eu dizer que estou brincando. E porque você é uma menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro. E sendo você uma menina com uma flor, eu lhe peço também que nunca mais me deixe sozinho, como nesse último mês em Paris; fica tudo uma rua silenciosa e escura que não vai dar em lugar nenhum; os móveis ficam parados me olhando com pena; é um vazio tão grande que as mulheres nem ousam me amar porque dariam tudo para ter um poeta penando assim por elas, a mão no queixo, a perna cruzada triste e aquele olhar que não vê. E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu escrevi uma canção tão bonita para você, "Minha namorada", a fim de que, quando eu morrer, você, se por acaso não morrer também, fique deitadinha abraçada com Nounouse cantando sem voz aquele pedaço que eu digo que você tem de ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois... [continua]

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Menina como uma flor. (parte 1)

Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai, eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino, o que, aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde, tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado. E porque você é uma menina com uma flor e chorou na estação de Roma porque nossas malas seguiram sozinhas para Paris e você ficou morrendo de pena delas partindo assim no meio de todas aquelas malas estrangeiras. E porque você sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua d.d.c. para o meu cotidiano, e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser assim tão subliminar. E porque quando você começou a gostar de mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte eu ia sair para fazer mimetismo de amor, se vestindo parecido. E porque você tem um rosto que está sempre um nicho, mesmo quando põe o cabelo para cima, parecendo uma santa moderna, e anda lento, e fala em 33 rotações mas sem ficar chata. E porque você é uma menina com uma flor, eu lhe predigo muitos anos de felicidade, pelo menos até eu ficar velho: mas só quando eu der uma paradinha marota para olhar para trás, aí você pode se mandar, eu compreendo... [continua]
(Vinícius de Moraes, o texto é enormeee, então vou postar aos poucos.) ;*

Penumbra

"Doce a água é!
Salgado são os
Peixinhos do mar
Que nadam
Sem rumo
E nem se quer
Lembram de tudo!

Amargo são
Os dedos dos pés
Que cutucam
A areia com tanta
Intensidade que
Nem se sabe por que!

Claras são as idéias
Escuros os sonhos
Lembranças na penumbra

Amarga a água é
Doce são os peixinhos
A nadar
Salgado os dedos dos pés
Enterrados na areia da praia

Nada sei do que falei
Apenas me veio em mente
Aquilo tudo que mente
Mentiras gostosas
De dizer."

com amor e carinho do seu Guillen, penumbra

sábado, 23 de agosto de 2008

(...)

É possível amar o mundo inteiro... O amor nunca deveria ser possessivo... Não deveria ser exclusivo, e sim inclusivo...Quando o amor é inclusivo você é capaz de reconhecê-lo como tal... Quando um amor é exclusivo,dedicado exclusivamente a uma pessoa, você o restringe tanto que acabará matando-o. Você estará destruindo sua infinitude... As pessoas deveriam amar... O amor não deveria ser apenas um relacionamento:deveria ser um estado do ser... E sempre que você ama uma pessoa, através dela ama a todos..."

Osho.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

(...)

"Mas se amo os teus pés é só porque andaram sobre a terra e sobre o vento e sobre a água, até me encontrarem."

Neruda. ♥

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Lispector *-*

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada".
___.

"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."
___.

"Eu sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo. (...) Sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.Sou um coração batendo no mundo."
___.

"A harmonia secreta da desarmonia. Quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz."
___.

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...Ou toca, ou não toca".
___.

"Sou uma filha da natureza:quero pegar, sentir, tocar, ser.E tudo isso já faz parte de um todo,de um mistério.Sou uma só... Sou um ser.E deixo que você seja. Isso lhe assusta?Creio que sim. Mas vale a pena.Mesmo que doa. Dói só no começo."
___.

" Não posso perder um minuto do tempoque faz minha vida.Amar os outros é a única salvaçãoindividual que conheço : ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca."
___.

" Escuta: eu te deixo ser. Deixa-me ser,então."
___.

"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo".
___.

"Fico com medo. Mas o coração bate.O amor inexplicável faz o coraçãobater mais depressa.A garantia única é que eu nasci.Tu és uma forma de ser eu,e eu uma forma de te ser:Eis os limites de minha possibilidade."


Continua... =}

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Charles *-*


" A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. "

___.


" Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso. "

___.


"Não faças do amanhã o sinônimo de nunca, nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais. Teus passos ficaram. Olhes para trás, mas vá em frente,pois, há muitos que precisam que chegues para poderem seguir-te."

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

(...)

"Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece,
te respeita e te entende... é assim que perdemos pessoas especiais."
(Carlos Drummond de Andrade)

Bring it on home.

Me dê flores e passáros nas árvores
Me dê o belo, o apimentado e o doce
Me dê o certo mas não demais
E um toque suave
Me dê Deus e o fantasma sagrado
Creme de amendoim e geléia na torrada
Me dê o sangue dos meus inimigos
Apenas dê para mim
Traga para casa
Me dê verdade me dê o bom e educado
Me dê honestidade, paciência e direito
Um carro novo e alguma esperança
Me livrando de todas drogas
Me dê raiar do sol, céu azul e verde
Me dê gasolina pura
Me dê amigos que nunca decepcionam
Apenas dê para mim
Traga para casa

Supremo castigo.

Em todos os aeródromos, em todos os estágios, no ponto principal de todas as metrópoles, existe - e quem é que não viu? - aquele cartaz... De modo que, se esta civilização desaparecer e seus dispersos e bárbaros sobreviventes tiverem de recomeçar tudo desde o princípio - até que um dia também tenham os seus próprios arqueólogos - estes hão de sempre encontrar, nos mais diversos pontos do mundo inteiro, aquela mesma palavra. E pensarão eles que coca-cola era o nome do nosso Deus.

Mário Quintana.

Não pise na grama.


Placa inútil e branca:
"Não pise na grama."

Branca pela ausência de girassóis.
Inútil porque não tenho os pés no chão.
Fábio Rocha.

Nuanças.

.
Esses que pensam que
existem sinônimos,
desconfio que não
sabem distinguir
as diferentes
nuanças de uma cor.

Ah! Os relógios...

Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vida
sem seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...
Mário Quintana.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

(...)

-
" O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até você! "

Dois barcos.


Quem bater primeira dobra do mar
Dá de lá bandeira qualquer
Aponta pra fé e rema


É, pode ser que a maré não vire
Pode ser do vento vir contra o cais
E se já não sinto teus sinais
Pode ser da vida acostumar
Será, Morena?


Sobre estar só, eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar
Dedicou-se mais
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?

Doce o mar, perdeu no meu cantar ...





Esse post eu dedico a Jaci, hoje ela tá completando ano (heee, parabéns ^^).
Jaci, que tudo dê certo na tua vida, e cada dia que passa fico mais feliz por te conhecer.
Felicidades minha boneca. ♥
Los hermanos, só porque ela gosta muito, hasuahs. =}

(...)


"Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascender da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo directamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

Se não assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho."

Pablo Neruda.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Soneto.

Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês?
Agosto, Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
Brilhasse o luar que importa? ou fosse o sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.

Que saudades de amor na aurora do teu rosto!
Que horizonte de fé, no olhar tranqüilo e garço!
Nunca mais me lembrei se era no mês de agosto,Setembro,
outubro, abril, maio, janeiro, ou março.

Encontrei-te. Depois... depois tudo se some
Desfaz-se o teu olhar em nuvens de ouro e poeira.
Era o dia... Que importa o dia, um simples nome?

Ou sábado sem luz, domingo sem conforto,
Segunda, terça ou quarta, ou quinta ou sexta-feira,
Brilhasse o sol que importa? ou fosse o luar já morto?
Alphonsus Guimaraens.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Carta

Ando nas ruas do centro
Estou lembrando tempos
Enquanto lhe vejo caminhar

Aguando a calçada
Um barbeia um velho
Deita a noite e diz poesia (serenata)

Vinho enquanto ouve choro costurar
Passei em casa, seu Zé não estava
Memórias Senhor Brás Cubas Postumavam
Enquanto vi passar Helena pra casa de chá

Devagar, bonde na praça
Ainda borda delicadeza
Torna a gente banca de flores

Libertando sorrisos no ar.

Dead poets society ♥

"Carpe diem, aproveite o dia"
"Eu sempre lembrarei, o frio de novembro, as notícias do inverno, os sons na sala, o relógio na parede funcionando"
"Aproveite o dia"
"Eu escutava ele dizer: A vida não será sempre desse jeito, olhe ao seu redor, ouça os sons, curta sua vida enquanto você ainda está entre nós..."

"Colham seus botões de rosa enquanto podem, o velho tempo ainda voa... E essa mesma flor que hoje sorri, Amanhã estará morrendo"
"Nós podemos aprender do passado, mas aqueles dias se foram, nós podemos esperar do futuro, mas talvez não exista um.

Num monumento à aspirina.

Claramente: o mais prático dos sóis,
o sol de um comprimido de aspirina:
de emprego fácil, portátil e barato,
compacto de sol na lápide sucinta.
Principalmente porque, sol artificial,
que nada limita a funcionar de dia,
que a noite não expulsa, cada noite,
sol imune às leis de meteorologia,
a toda hora em que se necessita dele
levanta e vem (sempre num claro dia):
acende, para secar a aniagem da alma,
quará-la, em linhos de um meio-dia.

*

Convergem: a aparência e os efeitos
da lente do comprimido de aspirina:
o acabamento esmerado desse cristal,
polido a esmeril e repolido a lima,
prefigura o clima onde ele faz viver
e o cartesiano de tudo nesse clima.
De outro lado, porque lente interna,
de uso interno, por detrás da retina,
não serve exclusivamente para o olhoa lente,
ou o comprimido de aspirina:
ela reenfoca, para o corpo inteiro,
o borroso de ao redor, e o reafina.

João Cabral de Melo Neto.

Sai a passeio.

Sai a passeio, mal o dia nasce,
Bela, nas simples roupas vaporosas;
E mostra às rosas do jardim as rosas
Frescas e puras que possui na face.

Passa. E todo o jardim, por que ela passe,
Atavia-se. Há falas misteriosas
Pelas moitas, saudando-a respeitosas...

É como se uma sílfide passasse!
E a luz cerca-a, beijando-a.
O vento é um choro
Curvam-se as flores trêmulas ...

O bando das aves todas vem saudá-la em coro ...
E ela vai, dando ao sol o rosto brendo.
Às aves dando o olhar, ao vento o louro
Cabelo, e às flores os sorrisos dando...

Olavo Bilac.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

É preciso não esquecer nada.

É preciso não esquecer nada: nem a torneira aberta nem o fogo aceso, nem o sorriso para os infelizes nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre.

O que é preciso é esquecer o nosso rosto, o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos, a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos, vigiados pelos próprios olhos severos conosco, pois o resto não nos pertence.

Cecília Meireles.

Who wants to live forever?

Then touch my tears with your lips
Touch my world with your fingertips
And we can live forever
And we can love forever
Forever is our today.

A vedadeira arte de viajar

A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

Mário Quintana.

Trova

Coração que bate-bate...
Antes deixes de bater!
Só num relógio é que as horas
Vão passando sem sofrer.

Mário Quintana.

The show must go on.

-
Inside my heart is breaking
My make - up may be flaking
But my smile still stays on... ♪
Um beijo pra Gabi e Duda, que passaram o dia cantando essa música comigo. =)

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Breve segundo.

Tanta singeleza
num pedaço de tempo
em que me esqueço

de tudo e apenas o vento
sei que passa porque
não consigod
eixar de sentir.

Tiago Tejo.

Quatro cantos.

Abro o armário, indecisa:
Que roupa encontro comigo?
Azul? Cores cintilantes, alegrias vividas
Rosa? Amores encantados, beijos ao entardecer
Ou Verde? Esperança do impossível,
cortinas de outros tempos
A Negra...
Abisma e me perde, pântano que suga
Mas na Branca, ah, na Branca te encontro,
realçando contornos,
florindo jardins
E só assim me vejo, através dos teus olhos de bruma,
hálito de hortelã
Do teu beijo de heras, mão amiga, morna,
mesmo horizonte
Porque me acho no teu encontro,
me perco na ausência
E eu que tanto queria comemorar sozinha,
vejo a última gota se evaporando.

Patrícia Tenório.

(lllllllllllllll)³³³³




Os melhores. ♥

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Marinha.

Verde que te quero azul marinho –
que te quero verde vinho –
que te quero mar...

a onda balança o barco
a onda me traz sargaços
a onda me arrasta o olhar...

azul marinho –
e verde vinho –
de navegar: tons ondulados

– tons modulados
do azul do mar.

João Cavalcanti Nuto.

- SOBRE O AMOR -
(Algumas frases sobre esse sentimento tão belo)
"O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direção." (Antoine de Saint-Exupéry)
"Ame. Pois amor são aves em vôo rasante na água. Procuram um lugar para pousar, e nem sempre encontram, indo embora tão rapidamente quanto vieram!" (Bruno Vivas Bittencourt)
"O amor não fica simplesmente parado, como uma pedra. Tem que ser feito, como o pão; refeito o tempo todo, renovado." (Ursula K. Le Guin)
"Amar nada mais é do que despertar aquele a quem amamos para toda a grandeza de que são capazes." (Anônimo)
"O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar." (Carlos Drummond de Andrade)
"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem." (Saint-Exupèry)
Depois coloco mais. =*

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Vacilo da vocação.

Precisaria trabalhar --- afundar ---
--- com você --- saudades loucas ---
Nesta arte --- ininterrupta ---
De pintar ---

A poesia não --- telegráfica --- ocasional ---
Me deixa sola --- solta ---
À mercê do impossível ---
--- do real.

Ana Cristina César.

(...)

MEU CORPO deixa sulcos na areia.
São marcas suaves, um pouco de mim que se modela

Nas coisas, meu alucinado desejo de permanecer...

Cacaso.

terça-feira, 29 de julho de 2008

A ponto de partir.

A ponto de
partir, já sei
que nossos olhos
sorriam para sempre
na distância.
Parece pouco?
Chão de sal grosso, e ouro que se racha.
A ponto de partir, já sei que nossos olhos sorriem na distância.
Lentes escuríssimas sob os pilotis.

da Ana Cristina César.

Anjo mais velho

"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar



Post para a Buh, hehe. ♥

domingo, 27 de julho de 2008

^^'

-

Depois de vários dias sem postar, aqui estou.
Er, eu não abandonei isso aqui, é que realmente esses dias eu não tenho tido criatividade nenhuma, ou mesmo saco pra vim aqui.
Se não fosse o Guillen ( http://fragmentosdosonhar.blogspot.com/ ), o que seria disso aqui?
Mô, obrigada por postar aqui, de verdade. ♥

Meus dias tem sido ótimos e apaixonados, tão lindo.
E espero que cada dia melhore, e vai melhorar. ;)

Ti, te amo. ♥

sexta-feira, 25 de julho de 2008

(...)

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Aphonsus de Guimaraens

Esse é um dos meu poemas favoritos... Guillen

terça-feira, 22 de julho de 2008

(...)

Oh! não é bom rir-se de um morto -- brusca
Pois deve ser a sensação que aumenta
Desoladora, vagarosa, lenta
Da negra morte tétrica velhusca…

Tudo que em vida, como um sol, corusca,
Que nos aquece, que nos acalenta,
Tudo que a dor e a lágrima afugenta,
O olhar da morte nos apaga e ofusca…

Nunca se deve desprezar os mortos…
Nos regelados e sombrios portos,
Onde a matéria se transforma e urge

Exuberar na planturosa leiva,
Vivem os mortos no vigor da seiva,
Porque dão vida ao que da vida surge!…

Cruz e Souza

domingo, 20 de julho de 2008

Paper shoes.

-

Paper shoes in bad weathers. ~~;

Estou me sentindo assim hoje.

Ainda bem.

Ainda bem, que você vive comigo, porque senão, como seria esta vida? Sei lá, sei lá. Nos dias frios em que nós estamos juntos, nos abraçamos sob o nosso conforto, de amar, de amar. Se há dores tudo fica mais fácil, seu rosto silencia e faz parar, as flores que me manda são fato do nosso cuidado e entrega, meus beijos sem os seus não dariam, os dias chegariam sem paixão, meu corpo sem o seu uma parte, seria o acaso e não sorte. Entre tantos anos, entre tantos outros, que sorte a nossa hein? Entre tantas paixões, esse encontro, nós dois, esse amor.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O espelho.

"Ardo em Desejo na tarde que arde!
Oh, como é belo dentro de mim
Teu corpo de ouro no fim da tarde:
Teu corpo que arde dentro de mim
Que ardo contigo no fim da tarde!

Num espelho sobrenatural,
No infinito (e esse espelho é o infinito?...)
Vejo-te nua, como num rito,
À luz também sobrenatural,
Dentro de mim, nua no infinito!

De novo em posse da virgindade,
- virgem, mas sabendo toda a vida -
No ambiente da minha soledade,
De pé, toda nua, na virgindade
Da revelação primeira da vida!"

Manuel Bandeira

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Realejo.

Será que a sorte virá num realejo?
Trazendo o pão da manhã, a faca e o queijo
Ou talvez... um beijo teu
Que me empreste a alegria... que me faça juntar
Todo resto do dia... meu café, meu jantar
Meu mundo inteiro... que é tão fácil de enxergar... E chegar.

Será que a noite vira num vilarejo
Vejo a ponte que levara o que desejo
Admiro o que há de lindo e o que há de ser... você.

Menino.

Teu sorriso eu vou deixar na estante para eu ter um dia melhor
Tua água eu vou buscar na fonte, teu passo eu já sei de cor
Sei nosso primeiro abraço, sei nossa primeira dor
Sei tua manhã mais bonita, nossa casinha de cobertor

Menino vou te guardar comigo

terça-feira, 15 de julho de 2008

(...)

Para você escrevo pequenos versos, com poucas rimas
Ela, janela
João, chão
Por você teço sonhos eloqüentes
Praias desertas,
Florestas tropicais
Com você converso sobre os mais variados assuntos e
Coisas sérias.
Medos, amores, desejos e horrores
No seu beijo imagino a doce luz da lua
Carregando-me para outro mundo

Guillen

Acabei de te escrever, pois escrever me faz sentir que a leveza do vento é capaz de me carregar

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Come what may.

Never knew I could feel like this
Like I have never seen the sky before
I want to vanish inside your kiss
Every day I love you more and more
Listen to my heart, can you hear it sings?
Telling me to give you everything
Seasons may change, winter to spring
But I love you until the end of time... ♪

Pombos correio.

No dia a dia
Conversa fiada
Só alegria, e um copo de água
Corre corre, pula corda
Nada morre na praia
Cansado de nada ter
E sempre esquecer
Ao teu lado, deitado
Olhando pro teto
O desejo amplo
Depois de hoje vem o ontem
Depois do amanha o por do sol
Você
O vento,
Os pombos correios
E minhas mensagens para você

Guillen.





Aaaa, te amo u.u'

(...)

"business man
make as many business
as you can
you will never know
who I am

your mother
says no
your father
says never
you´ll never know
how the strawberry fields it will be forever"

Leminski

Cantada.

Depois de ter você, pra quê querer saber que horas são?
Se é noite ou faz calor, se estamos no verão,
se o sol virá ou não, ou pra quê é que serve uma canção como essa?
Depois de ter você, poetas para quê?
Os deuses, as dúvidas, pra quê amendoeiras pelas ruas?
Para quê servem as ruas?
Depois de ter você...

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Sinceramente.

Sinceramente você pode se abrir comigo, honestamente eu só quero te dizer: que eu acertei o pulo quando te encontrei, acertei. Eu sei a palavra que você deseja escutar, você é o segredo que eu vou desvendar, você acertou o pulo quando me encontrou, acertou o pulo quando me encontrou... E então o nosso mundo girou. Você ficou e a noite veio, nos trazer a escuridão, e aí então, eu abri meu coração, porque nada é em vão. Gostei do seu charme e do seu groove, gostei do jeito como rola com você, gostei do seu papo e do seu perfume, gostei do jeito como eu rolo com você...

Breakdown.

"It's magic", she says to me.
My hand to her waist as she approaches sweetly.
It's enough when I see that look in her eyes,
It's enough for me to paralyze.
"It's tragic", she says to me.
A song in the air, we're together floating.
What I miss everyday since our goodbye, was enough for me to realize.
"Its fragile", she says to me.
The hair in her eyes, she removes it smiling.
There's a wound that I know this song could mend,
A step in time for us will never end.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

(...)

"Marginal é Quem escreve à margem,
deixando branca a página
para que a paisagem passe
e deixe tudo claro à sua passagem.

Marginal, escrever na entrelinha,
sem nunca saber direito
quem veio primeiro,
o ovo ou a galinha."

Leminski

terça-feira, 8 de julho de 2008

Os movimentos reais.

arou. Por um momento
sem tempo ficou imóvel,
suspenso,
e deixou apenas
seu pensamento
se desprender sem
interromper a disposição
de um grão de pó
sequer
para ir
para o mais longe dali,
o mais distante universo
que alcança o pensamento,
e ir além
ainda mais
até não ser possível
então retornar,
para depois
se soltar
de si mesmo.

Ronald Polito.

A reinvenção da cidade.

Olho vagando pelos meândricos labirintos urbanos. Cidade-vitrine revelada em inúmeros passageiros ilusionistas. Figuras mnemônicas, arquétipos ancestrais expostos na maquinária contemporânea. Mosaico miriadoscópico registrando a teia-tela multicultural. Pandora pós-moderna sugando referências da memória, tempo. Nos muros, vestígiossinalizam o que está por vir. Construção e desconstrução dialogam num jogo de espelhos. Mero acaso, odisséia homérica num lance de dados. Ao emaranhar-se na poliédrica escritura clariceana, o passageiro desvenda o sentido do ser-no-mundo.

Diniz Antônio Gonçalves Junior.

domingo, 6 de julho de 2008

Aconteceu.

Aconteceu quando a gente não esperava
Aconteceu sem um sino pra tocar
Aconteceu diferente das histórias
Que os romances e a memória
Têm costume de contar
Aconteceu sem que o chão tivesse estrelas
Aconteceu sem um raio de luar
O nosso amor foi chegando de mansinho
Se espalhou devagarinho
Foi ficando até ficar
Aconteceu sem que o mundo agradecesse
Sem que rosas florescessem
Sem um canto de louvor
Aconteceu sem que houvesse nenhum drama
Só o tempo fez a cama
Como em todo grande amor
Pericles Cavalcante.

Despertar sem passado.

Em tuas mãos suave
deposito
meu coração cansado.

E quero, adormecida
no sonho bom
de teu semblante,
despertar sem passado.

Araldo Sassone.

sábado, 5 de julho de 2008

A vida assim nos afeiçoa.

[...] E a vida vai tecendo laços
quase impossiveis de romper:
tudo o que amamos são pedaços
vivos do nosso próprio ser. [...]

Manuel Bandeira.

Deserto e mar.

É o horizonte do teu corpo
é o horizonte da minh'alma.
Chego ao teu fim: mais areia.
Chegas ao meu fim: mais água.

Juan Ramón Jimenez.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Rei Arthur.

O sol de inverno mergulhava no céu. E quando afundou totalmente por trás das colinas distantes e os pinheiros ficaram negros contra um fundo amarelo pálido e dourado com listras de cor púrpura, a dama ergueu-se da cama. Inclinou-se sobre Gawaine, beijou-o nos lábios uma vez e deixou-o.

Mas na verdade, ela queria ficar.

- Trecho do Rei Arthur. *.*

Traga-me você.

Faça a gentileza de trazer-me
um livro - um best seller - que me fale
das coisas que não sei, e que me cale
diante do bem que possa fazer-me.

Faça o obséquio de me dar (conceder-me)
um documentário que não me abale;
um dialético puro, que me fale
dos que os homens possam oferecer-me.

Como retorno darei meus ouvidos...
Meu olhos estarão atentos, fitos
nas letras, gestos, cores e imagens.

Mas traga, também, seus anos vivivos
e fique a meu lado, sem dor, sem mitos,
porque sozinho só verei miragens!

do Avaniel.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

-

-
Hoje o dia tá tão the killers, *.*
queria postar mais algumas coisas aqui, mas estou com sono e sem criatividade. ~~;

(...)

-
All I want... is to be with you. ♥

Sonho bom.

Na última noite sonhei contigo
- e sonho bom a gente recorda cedo. -
E naquele levitar, eu te digo,
não existia lugar para o medo. [...]

do Avaniel.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Dia perfeito.

-
Hoje eu pretendia postar algo diferente aqui, sei lá, algum poema do Avaniel, ou alguma poesia marginal...
... Mas o dia tomou um rumo diferente. *.*
Então, Avaniel ou qualquer outra coisa fica pra amanhã. =D

Dia perfeito pára na esquina e diz goodbye
Flutua como uma nuvem
She really have a groove... ♪

segunda-feira, 30 de junho de 2008

FIM!

FINALMENTE LIVRE

Hipnoterapista: "Você está mais uma vez rodeado por uma luz brancabrilhante. Permita à luz guiá-lo para longe do seu passadoaté esta vida. Enquanto a luz se dissipa você lentamente voltará à sua consciência, lembrando-se de tudo que você aprendeu. Quando eu disser para você abrir os olhos você retornará ao presente, se sentido em paz e refrescado. Abra os olhos, Nicholas."
O Milagre: Sexta-Feira a noite, o sangue ainda está em minhas mãos, para pensar que ela me deixaria agora, por aquele homem mal-agradecido. Único sobrevivente, nenhuma testemunha para o crime, eu devo agir rápido para encobrir, eu acho que ainda há tempo, ele pareceria desesperançado e perdido com este bilhete. Eles acreditarão nas palavras que eu escrevi: “Este sentimento dentro de mim, finalmente achei meu amor, eu finalmente me libertei, não estou mais dividida em dois, eu tiraria minha própria vida antes de te perder.”
Victoria: Sentindo-me bem esta tarde de sexta, eu encontrei com Julian, disse que ficaríamos juntos logo, ele sempre teve meu coração, ele precisa saber, eu me livrarei do Milagre, é hora dele partir. Este sentimento dentro de mim, finalmente achei meu amor, eu finalmente me libertei, não estou mais dividida em dois, ele mataria seu próprio irmão se ele soubesse. O amor deles renovou-se, eles se reuniriam em um caminho fora de vista, eles achavam que ninguém sabia, então veio o tiro naquela noite.
O dorminhoco: Uma última vez, nós nos deitaremos hoje, uma última vez, até desaparecermos, uma última vez, nós sumiremos. Enquanto seus corpos ainda jaziam e o final se aproximava, espíritos aparecem pelo ar, todos seus medos desaparecem, tudo fica claro, uma luz ofuscante aparece, uma velha alma trocada por uma nova, uma voz familiar aparece brilhando.
Nicholas: Este sentimento dentro de mim, finalmente achei meu amor, eu finalmente estou livre, não estou mais dividido em dois, eu aprendi sobre minha vida vivendo através de você, vivendo minha própria vida aprendendo de você, nós nos encontraremos novamente algum dia em breve.
___.
Reportagem da CNN: "Notícias de Londres, França, Rússia e Itália apagaram sua história, todos anticipando o êxito do homem considerado ser membro da aristocracia Americana. Mas como vocês podem imaginar, enquanto os céus escureceram aqui sobre Washington, o humor escureceu também e as pessoas aqui estão começando a se resignar para a possibilidadede que eles estão testemunhando mais uma tragédia em uma longa cadeia de infortúnios. Reações de todos os lugares, de Washington e certamente de todo o resto do mundo tem perg…”
___.
Hipnoterapeuta: “Abra seus olhos, Nicholas.”
Nicholas: "AAAH!"

O ESÍRITO SEGUE

Nicholas: De onde nós viemos? Porque estamos aqui? Para onde nós vamos quando morremos? O que há além e o que havia antes? Alguma coisa é certa na vida? Eles dizem: “A vida é curta.” “O aqui e o agora” e “Você só tem uma chance” Mas poderia haver mais, eu vivi antes? Ou isso seria tudo que nós temos? Se eu morresse amanhã, eu estaria bem, porque eu acredito que após nós morrermos, que o espírito segue. Eu costumava ter medo da morte, eu costumava achar que a morte era o fim, mas isso foi antes, eu não estou mais assustado, eu sei que minha alma transcederá, eu posso nunca encontrar as respostas, eu posso nunca entender porque, eu posso nunca provar o que eu sei ser verdade, mas eu sei que eu ainda tenho que tentar. Se eu morresse amanhã, eu estaria bem, porque eu acredito que após nós morrermos, que o espírito segue.
Victoria: “Siga adiante, seja bravo, não chore no meu túmulo, porque eu não estou mais aqui, mas por favor nunca deixe suas lembranças de mim desaparecer”.
Nicholas: Seguro na luz que me rodeia, livre do medo e da dor, minha mente questionadora, tem me ajudado a achar o significado na minha vida de novo. Victoria é real, eu finalmente sinto em paz com a garota nos meus sonhos, e agora que eu estou aqui, está perfeitamente claro, eu descobri o que tudo isso significa. Se eu morresse amanhã, eu estaria bem, porque eu acredito que após nós morrermos, que o espírito segue.

ÚLTIMA DANÇA DA ETERNIDADE, UMA ÚLTIMA VEZ

[Presente]
Nicholas: Não faz o menor sentido esse final trágico, apesar das evidências, ainda há alguma coisa faltando. Ouvi alguns dos rumores contados, um gosto da fortuna de alguém, Victoria feriu sua alma? Ela lhe disse adeus?
[Passado]
Victoria: Uma última vez, nós nos deitaremos hoje, uma última vez, até desaparecermos, uma última vez, nós lentamente sumiremos.
[Presente]
Nicholas: Aqui estou eu dentro da casa dele, ela guarda as muitas pistas para minhas suspeitas, e enquanto eu estou aqui neste momento, eu finalmente sou mostrado o que eu sempre soube. Coincidência eu não posso crer, quando meus sonhos de criança lentamente tornam-se verdadeiros, essas são as recordações dela acordadas pelos meus olhos. Esta casa trouxe de volta à vida, uma porta aberta, eu passo por ela para dentro do quarto dele, sentindo tanto frio quanto do lado de fora. As paredes desaparecem, para alguma mulher que está gritando, um homem suplica perdão, suas palavras eu não consigo ouvir.

CASA

[Passado]
O Dorminhoco: Brilho – lago de fogo. Linhas me elevam, minha mente transborda desejo, confinado e exausto, viver essa charada está me levando a lugar nenhum. Eu não consigo matar essa charada, o sangue frio da cidade me chama pra casa. Casa é o que eu desejo, voltar para casa onde eu pertenço. A cidade – ela me chama, cenas decadentes da minha memória. Tristeza – Eternidade, meus demônios estão vindo para me buscar. Socorro – Eu estou caindo, eu estou engatinhando, eu não consigo me manter afastado de seu domínio. Não posso manter, esta rotina me chama de volta para meu lar.
O Milagre: Eu lembro da primeira vez que ela veio até mim, abriu sua alma a noite toda e chorou. Eu lembro que me disseram que há um novo amor que nasce para cada um que morreu, eu nunca imaginei que eu poderia seguir com essa vida, mas eu não consigo resistir a mim mesmo. Não importa o quanto eu tente, vivendo suas outras vidas, estão levando-os a lugar nenhum, eu a farei minha esposa, sua doce tentação me chama pra casa. Casa,é o que eu desejo, minha casa onde ela pertence. Seu extase – significa muito para mim, mesmo traindo meu próprio sangue. Victoria assiste e atenciosamente sorri, ela está me levando para minha casa. Socorro – Ele é meu irmão, mas eu a amo, eu não consigo ficar longe do seu toque. Decepção, desonra, está me chamando para minha casa.
[Presente]
Nicholas: A história dela – possui a chave destrancando sonhos da minha memória, resolvendo esse mistério, é tudo que é uma parte de mim. Socorro – regressão, obsessão. Eu não consigo ficar longe do seu toque, deixando sem dúvidas, para descobrir. Está me chamando de volta para minha casa.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

PELOS OLHOS DELA

Nicholas: Ela realmente nunca teve uma chance. Naquela decisiva noite enluarada, sacrificada sem uma luta, uma vítima das circunstâncias. Agora que eu estou a par, e eu expus esta tragédia, uma tristeza cresce dentro de mim, tudo isso parece tão injusto. Eu estou aprendendo tudo sobre minha vida, olhando pelos olhos dela. Logo além dos portões do cemitério, onde a grama está alta, eu vi a escritura na sua pedra, eu me senti como se estivesse sufocando. Em doce memória de nossa filha tão inocente, olhos bem abertos, eu me senti tão vazio enquanto chorava, como se parte de mim tivesse morrido. Eu estou aprendendo tudo sobre minha vida, olhando pelos olhos dela e enquanto a imagem dela vagava pela minha cabeça, eu chorei como uma criança, enquanto deitava acordado na cama e eu sei como é perder alguém que você ama, e eu me senti exatamente igual. Ela não recebeu nenhuma opção, desespero roubou sua voz, eu ganhei muito mais na vida, eu tenho um filho, eu tenho uma esposa. Eu tive que sofrer uma última vez, para pesar por ela, aliviar a angústia do meu passado, para descobrir quem eu fui finalmente. A porta se escancarou, eu estou mudando com os acontecimentos, olhando pelos olhos dela.