terça-feira, 11 de novembro de 2008

O poema e a água.

As vozes líquidas do poema
convidam ao crime
ao revólver.

Falam para mim de ilhas
que mesmo os sonhos
não alcançam.

O livro aberto nos joelhos
o vento nos cabelos
olho no mar.

Os acontecimentos de água
põem-se a se repetir
na memória.

João Cabral de Melo Neto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário