quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Vida doce
eu deixo tudo sempre pra fazer mais tarde
e assim eu caminho no tempo que bem entender
afinal faz parte de mim ser assim.
mais um pouco e vai dar sinal
brinco de esconder
caminho de fé
não vou mais só no que a vida me traz
vida que é doce levar o caminho é de fé
diga que eu não vou
onde você for vida me leva
e todo sentimento me carrega
quem no balanço do mar caminha num baque só
quem no balanço do mar caminha num baque só
vida que é doce levar avisa de lá que eu já sei
todo balanço que dá neste navegar naveguei.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
ESTA HISTÓRIA COMEÇA,
Afinal de contas, no começo havia as palavras, e elas vinham acompanhadas de uma melodia. Foi assim que o mundo foi feito, que o vazio foi dividido e que a terra, as estrelas, os sonhos, os pequenos deuses e os animais vieram ao mundo.
Eles foram cantados.
Os grandes animais foram cantados para a existência depois que o Cantor já havia criado os planetas, as colinas, as árvores, os oceanos e os pequenos animais. Os penhascos que cercam a existência foram cantados, assim como os campos de caça e a escuridão.
As canções permanecem. Elas perduram. A canção certa pode fazer um imperador torna-se motivo de chacota, pode arruinar toda uma dinastia. Uma canção pode permanecer depois que os acontecimentos e as pessoas nelas descritos terem se transformado em pó, em sonhos e morrido. Esse é o seu poder. (...)
Neil Gaiman.
Faded from the winter.
You're the voice that I like.
Quero.
Mario Quintana.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
-
Charles Chaplin.
Eu só aceito a condição,
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
-
They're everywhere and all around
I've never felt so good before
This empty place inside of me is filling up
I simply cannot get enough
I want it, oh, I want it
Oh, I want it for my own
I've got to know
I've got to know
What is this place that I have found?
What is this?
Christmas Town, hmm... ♪
Feliz natal!!! =D
sábado, 20 de dezembro de 2008
-
bem ao meu lado, sorrindo
tão alegre que contagia a alma
envenena este corpo mundano que entorpecido pelos desejos que querem me levar além do conhecimento de que estou vivo.
Guillen ♥
(Nerd, obrigada, gostei muito. =****)
Quando eramos um só.
A nossa história de amor já é bem maior que nós...
Pipoca e sorvete na chuva caíram como uma luva,
Era bom demais te ter aqui!
Eu te contava os meus segredos
E com você não tinha medo
Das pessoas, das mentiras e covardias do mundo ao nosso redor!
E agora, que eu vou reviver a história
de um tempo em que eu era feliz...
A história de nós dois!
O mundo parecia tão pequeno, divertido e sereno quando éramos um só.
Saudades das festas de debutantes,
livros e fotos nas estantes me faziam relembrar...
E princesa, rodopia no salão e pega na minha mão,
queria mais um abraço seu...
E conhecia os meus defeitos,
implicâncias e trejeitos
e as pessoas, alegrias e maravilhas do mundo ao nosso redor.
___.
Então, ontem o dia cheirou MUITO a alegria.
Tive uma tarde maravilhosa, ri muito, conversei bastantes e os shows foram ótimos =D
Revi pessoas que não via hááá muito tempo. ♥
PS: Quando eramos um só é uma música do Bruno Negaum, que tocou ontem lá.
Foi ótimo, foi lindo. *-*
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
( ♪ )
Não dê ouvidos aos ruídos, a essa falta de ar
Meu amor, não pense mais em nada
Feche os olhos e as janelas
Deixe o sono te levar
Pelo escuro
Deixa eu te ninar
Dedilhar os teus cabelos
Teus pesadelos vão terminar...
sábado, 13 de dezembro de 2008
Saudade.
Se eu parasse para fazer uma restropectiva do que me aconteceu esse ano, eu demoraria muito tempo, sei lá, foi um ano cheio de realizações pra mim.
As pessoas que já conviviam comigo e que permaneceram, as pessoas que conheci e que vou levar no meu coração pro resto da vida, e também aquelas que passaram pouquissimo tempo deixando uma boa lembrança, ou não.
As saídas, os dias que fiquei em casa, as risadas, as vezes que chorei, minhas crises de carência, meus ataques de raiva, minha indiferença, minhas tpm's, minha atitudes inconsequentes e até loucas dependendo do motivo, as mentiras, as verdades mesmo sabendo quem nem todos iam acreditar, as festas super badaladas, os shows quem nem foram tantos assim, os amores, as pessoas que passei a não gostar, as palavras ditas, os livros lidos, as músicas escutadas, e as outras inúmeras coisas que aconteceram foram simplismente mágicas. (adoro essa palavra)
É incrivel como a cada dia que passa você muda um pouco, mesmo sem perceber. E a gente luta pra que essas mudanças sejam pra melhor, sinto que mudei bastante, mas não sei dizer que foi pra melhor, acho que minhas atitudes podem responder por mim e as pessoas que me rodeiam concordar ou não.
Vou sentir muita falta de coisas que me aconteceram esse ano e que por descuido eu deixei que se afastassem de mim, as vezes por puro orgulho.
Parando pra pensar, vejo que cresci em alguns aspectos, não que eu esteja dizendo estar mais madura, mas sei que as coisas erradas que fiz não serão repitidas num futuro próximo. Tenho dizer pra mim mesma que não se deve errar mais de duas vezes, e tou tentando fazer isso valer.
Sem falar que esse foi o último ano de uma longa etapa da minha vida, meu colegial. Foram 14 anos dentro de um colégio (sempre mudando, claro) e tanta coisa que aprendi e que nunca vou esquecer. Os amigos, os professores quem sempre esiveram prontos para me ajudar sempre que precisei. Teve aqueles professores que eu nunca gostei e que não ver nunca mais e tem aqueles que amo muito e vou sentir uma dor enorme de ter que abandona-los para continuar com minha vida. Teve os amigos que foram os ditos "amizade de colégio" e assim que sai de um determinado colégio, acabei esquecendo deles, mas também teve os que estão até hoje comigo, seguindo e acompanhando minha vida e eu não quero nunca abrir mão desses amigos.
Um nova etapa se inicia, não sei o que espera por mim e realmente as vezes prefiro nem saber.
Uma sensação de acabou toma conta de mim, é tão triste.
Mas eu sei coisas boas estão por vir, eu sinto isso, as coisas que não deram certo serviu de lição pra dá próxima vez, poder dar certo e sei, que tudo, TUDO que aconteceu esse ano e só um pouquinho do que vou viver.
Agora é esperar e ver o que a vida ainda tem pra me mostrar. (yn)
Essa semana tem sido muito boa, cheirou a alegria, misturada com uma pitada de saudade.
There are places I remember all my life,
Though some have changed,
Some forever, not for better,
Some have gone and some remain.
All these places had their moments
With lovers and friends I still can recall.
Some are dead and some are living.
In my life I've loved them all... ♪
Amo vocês, de verdade. ♥
E é como o Amarante diz: "E vou levando assim, que o acaso é amigo do meu coração."
domingo, 7 de dezembro de 2008
Passou.
Passou o primeiro dia da segunda fase, dessa vez não sei dizer como me sai, estou até com medo.
Ainda tem amanhã, então, vamos ver né?
sábado, 6 de dezembro de 2008
Pois é, poesia.
Cada pessoa tem um jeito particular de olhar a vida e as coisas da vida.
Por meio deste olhar, a poesia é uma fotografia.
Nessa antologia, você conhecerá o olhar lançado por Henriqueta Lisboa sobre uma menina e a natureza e o ulha de despedida de José Paulo Paes, bem como o olhar doce de Cecília Meireles e o olhar engraçado de Sérgio Capparelli e Ana Cláudia Gruszynski.
Cora Coralina olha com o olhar de todas as vidas e Mario Quintana a adolescência com seus olhos sempre mansos.
Jorge de Lima debruça seu olhar sobre a eternidade e Marina Colasanti se faz tartaruga para olhar com seus olhos de bicho, um olhar de lenta descoberta.
O olhar penetrante de Paulo Leminski não discute o que vê, o de Álvares de Azevedo não mente e o de Ferreira Gullar nos leva sempre a uma séria constatação.
Manuel Bandeira olha com delicadeza os meninos pobres que perdem sua infância no trabalho e Ruth Rocha nos leva a olhar a vida com mais leveza e alegria.
(Ganhei o livro, vou postar alguns dos poemas que tem nele)
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
(...)
Te conheci
E morri de rir da tua risada
Mal percebi
E além de ti lá não via mais nada.
--------
Ilumina um jardim imperial
Conduz a vida nessa paz azul
Pra sempre encontrar
Janelas pro mar
---------- escuta o coração
Que palpita perturbando a razão
Expõe teus sonhos aos raios de luz
Pra estar sempre assim de frente ao jardim.
(No lugar dos tracinhos, encaixe seu nome ou de alguém, fica bem legal.)
=D
Mas é por um motivo muito bom, o vestibular.
Passei na primeira fase e tenho GRANDES chances de passar na segunda fase.
Domingo já é a prova, estou super ansiosa, digo até estressada.
Bem, depois de segunda feira volto a te visitar e acho que com textos que eu mesma fiz, hehe.
=*
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
~
Sabe aquele dia em que você acorda e se sente muito, mas muito inútil?
Sei lá, falta sentido pra fazer qualquer coisa. Você olha pro lado e não vê ninguém, eu realmente não queria ver ninguém mas tento acreditar que sozinho não podemos fazer nada, que não adianta se trancar no quarto e lamentar, deve existir alguma forma de mudar a situação. Passou o dia e a angústia só fez aumentar, não consegui fazer nada que fosse bom, não dormi, não estudei, não encontrei ninguém pra conversar, tive vontade de chorar, mas não chorei, tive vontade de sair por ai e pensar um pouco, mas também não fiz isso.
Tou querendo (precisando) de um abraço forte, uma palavra dita com sinceridade, um beijo cheio de amor, uma risada bem alegre... Sei lá, qual coisa que me tire desse vazio sem sentido, dessa mania chata de pensar besteiras, de sentir dor e não saber explicar porque.
Alguém me arruma uma aspirina, mas pra curar dor de dentro.
Devo está carente, só pode.
Não gosto de me sintir assim, saco. ~~;
Saudades no coração, roupas de frio no verão, a lua crescente sorri, ainda é noite clara aqui... ♪
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Um dia.
Mário Quintana.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Poesia.
pensamentos palvras sortilégio
sob uma lua contemplada;
jardins de minha ausência
imensa e vegetal;
ó jardins de um céu
viciosamente freqüentado:
onde o mistério maior
do sol da luz da saúde?
João Cabral de Melo Neto.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
O poema e a água.
convidam ao crime
ao revólver.
Falam para mim de ilhas
que mesmo os sonhos
não alcançam.
O livro aberto nos joelhos
o vento nos cabelos
olho no mar.
Os acontecimentos de água
põem-se a se repetir
na memória.
João Cabral de Melo Neto.
Noturno.
os sinos secavam as flores
as flores era cabeças de santos.
Minha memória cheia de palavras
meus pensamentos procurando fantasmas
meus pesadelos atrasados de muitas noites
De madrugada, meus pensamentos soltos
voaram como telegramas
e nas janelas acesas toda a noite
o retrato da morta
fez esforços desesperados para fugir.
João Cabral de Melo Neto.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
João Cabral de Melo Neto.
(Des) autoria.
de (ras)cunho pessoal
mas abri mão
do direito autoral.
Jeanine Will.
domingo, 9 de novembro de 2008
Brisa do mar.
Confidente do meu coração
Me sinto capaz de uma nova ilusão
Que também passará,
Como ondas na beira de um cais
Juras, Promessas, Canções
Mas por onde andarás
Pra ser feliz não há uma lei
Não há, porém, sempre é bom
Viver a vida atento ao que diz
No fundo do peito o seu coração
E saber entender
Os segredos que ele ensinar
Mensagens sutis
Como a brisa do mar.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Diz que vai bem.
Esquece tudo agora e vem
Comigo nessa dança ver
O novo dia amanhecer
Segue o meu passo vem
Juntinho do meu rosto vem
Colar os teus lábios nos meus
Reacender o amor que não morreu
Que não morreu
(...)
Mas meu coração diz
Que a nossa História não teve um fim.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
♪
Deixa ser.
Como será quando a gente se encontrar ?
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar.
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar.
(...)
Epigrama 11.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Ainda hoje,
Guardar tudo numa caixa.
Geralmente
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Cinco coisas.
Quero apenas cinco coisas.. Primeiro é o amor sem fim, a segunda é ver o outono, a terceira é o grave inverno , em quarto lugar o verão, a quinta coisa são teus olhos, não quero dormir sem teus olhos. Não quero ser... sem que me olhes. Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Neruda.
Aparência X essência.
E você... O que pensa disso?
Que desafio, hein?"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la..."
Lispector.
Cego.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Desencontrários.
Falou em mar, em céu, em rosa
,em grego, em silêncio, em prosa.
Parecia fora de si, a sílaba silenciosa.
Mandei a frase sonhar, e ela se foi num labirinto.
Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército, para conquistar um império extinto.
Leminski. *-*
Fabinho, esse post é pra tu.
Parabéns querido. ♥
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Armazém de sonhos.
como o alimento está para o estômago!
- Este não existe sem o primeiro;
aquele, sem o outro, não faz sentido.
Poesia é refeição para a alma faminta.
Arroz e carne são felicidade (em chinês)!
O poeta produz sangue para o coração;
o chinês pode ser o protótipo do homem!
Por isso, um verso pode salvar uma vida;
assim, o pão produzirá um herói;
desta forma, a vida vai se confirmando.
Um poema é um Armazém de sonhos!
Quanto mais se sonha, mais se tem fome;
quanto mais se compõe, mais se sonha!
Avaniel.
Ti, lembrei de tu quando li.
For U ♥
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
(...)
Tenho ciúmes deste cigarro que você,
fuma tão distraidamente (...)
Voraz.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Idade madura.
desaprendidas na idade madura.
Já não quero palavras
nem delas careço.
Tenho todos os elementos
ao alcance do braço.
Todas as frutas
e consentimentos.
Nenhum desejo débil.
Nem mesmo sinto falta
do que me completa e é quase sempre melancólico.
Estou solto no mundo largo.
Lúcido cavalo
com substância de anjo
circula através de mim.
Sou varao pela noite, atravesso os lagos frios,
absorvo epopéia e carne,
bebo tudo,
desfaço tudo,
torno a criar, a esquecer-me:
durmo agora, recomeço ontem.
De longe vieram chamar-me
havia fogo na mata.
Nada pude fazer,
nem tinha vontade.
Toda água que possuía
irrigava jardins particulares
de atletas retirados, freiras surdas, funcionários demitidos.
Nisso vieram os pássaros,
rubros, sufocados, sem canto,
e pousaram a esmo.
Todos se transformaram em pedra.
Já não sinto piedade.
Antes de mim outros poetas,
depois de mim outros e outros
estão cantando a morte e a prisão.
Moças fatigadas se entregam, soldados se matam
no centro da cidade vencida.
Resisto e penso
numa terra enfim despojada de plantas inúteis,
num país extraordinário, nu e terno,
qualquer coisa de melodioso,
não obstante mudo,
além dos desertos onde passam tropas, dos morros
onde alguém colocou bandiras com enigmas,
e resolvo embriagar-me.
Já não dirão que estou resignado
e perdi os melhores dias.
Dentro de mim, bem no fundo,
há reservas colossais de tempo,
futuro, pós-futuro, pretérito,
há domingos, regatas, procissões,
há mitos proletários, cndutos subterrâneos,
janelas em febre, massas de água salgada,
meditação e sarcasmo.
Ninguém me fará calar, gritarei sempre
que se abafe um prazer, apontarei os desanimados
negociarei em voz baixa com os conspiradores,
transmitirei recados que não se ousa dar nem receber,
serei, no circo, o palhaço,
serei médico, faca de pão, remédio, toalha,
serei bonde, barco, loja de calçados, igreja, enxovia,
serei as coisas mais ordinárias e humanas, e também as excepcionais:
tudo depende de hora
e de certa inclinação feérica,
viva em mim qual um inseto.
Idade madura em olhos, receitas e pés, ela me invade
com sua maré de ciências afinal superadas.
Posso desprezar ou querer os institutos, as lendas,
descobri na pele certos sinais que aos vinte anos não via.
Eles dizem o caminho,
embora também se acovardem
em face a tanta claridade roubada ao tempo.
Mas eu sigo, cada vez menos solitário,
em ruas extremamente dispersas,
transito no canto do homem ou da máquina que roda,
aborreço-me de tanta riqueza, jogo-a toda por um número de casa,
e ganho.
Drummond.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
A flor e a náusea.
vou de branco pela rua cizenta.
Melancolias, mercadorias, espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobre
fundem-se no mesmo impasse.
Em vão eu tento me explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que triste são as coisas, consideradas sem ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornais
e soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belo, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Por fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1908 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo
e dou aos poucos umas esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão ness forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
Drummond.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Quero.
no número das facas, assoviar nos teus ouvidos
no globo da morte, quero ser teu copiloto
no vai e vem do trapézio, quero ser quem te segura
Quero te acompanhar pelas ruas do rio
sorrindo ou chorando
quero me molhar todinha só para te deixar
sequinho neste temporal
Quero te abraçar apaixonada
sentir teu coração pulsar
quero te beijar do arroi ao chuí, bem ti vi
Porque eu sei que teus cabelos são tempestades
que me alucinam
que despencarei toda vez que subir nos teus andaimes
que me esfaquearei transtornado com tuas sutis insinuações
sobre o tempo
Que me transmutarei em nêspera cada vez que me disseres:
“hasta luego, luz del fuego”
que vagarei sem esperanças quando desapareceres
das cenas dos meus próximos capítulos
que capitularei enfim, com a cabeça espatifada
nos escombros do meu próprio coração.
Chacal.
(...)
Deixei meus olhos escorrerem ao acaso sobre você e só achei satisfação.
(...)
animal em extinção, quero praticar poesia,
– a menos culpada de todas as ocupações."
Waly *.*
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Você.
Você me completa amor,
Meu sonho só é um sonho porque você está nele.
Janelas.
(...)
Vou-me abstrair.
esvaziar-se e escutar o silêncio.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
(...)
Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.
domingo, 5 de outubro de 2008
Vida a dois.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
O meu amor.
Chico Buarque.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
(...)
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Leminski *-*
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Rubi.
Às vezes.
Cuidar.
como quem cuida
de uma casa
de um jardim
de uma paisagem
de um bicho
de um filho
de um corpo
de um sonho
de um amigo
de um amor
Cuidar do mundo
como quem cuida
da própria vida.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Todo esse ar.
Assim que o dia cai, penso em nós dois e o tempo esvai lembranças ruins. Não posso mais, vêm-me à memória os dias bons, que ficaram pra trás, volta uma vez mais, o mundo é pequeno sem ter com quem dividir as coisas banais. Faz muito tempo que eu não converso sobre a brisa e a sua cor, a dor é muito pra mim e eu não suporto mais. Andar só pelo jardim, me lembra você. E os teus aromas, formas voláteis do nosso amor, todo esse ar pra respirar, eu não vou conseguir, faz muito tempo, eu sei. Eu errei mais uma vez, quantas mentiras, quantas verdades, me esqueci de te contar.
Pessoa impulsiva.
sábado, 20 de setembro de 2008
Santa chuva.
(...)
Caminhar e não aprender
Escutar e não ouvir
Falar e não dizer
Criar e não expressar
Tocar e não sentir
Pensar e não discutir
Receber e não doar
Saber e não crer
Viver e não amar.
Alcy Filho
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Liberdade.
Mesmo sem me libertar eu vou
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
(...)
Dizem todos com razão,
É mal do coração
E com ele se endoidece.
O amor é um sorriso
Sorriso que desfalece.
Madeixa que se desata
Denominam-no também.
O amor não é um bem: Quem ama sempre padece.
O amor é um perfume
Perfume que se esvaece.
Mário de Sá Carneiro.
domingo, 14 de setembro de 2008
♪
Só em saber que ele me ama
Sim, eu sei que ele me ama agora
Há uma coisa que eu tenho certeza
Eu vou amá-lo para sempre
Pois eu sei que o amor nunca morre.
__.
Descartando o sempre, ele é muito longe pra mim.
Mas, quem sabe.
???
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Janta.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
--'
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
(...)
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Menina como uma flor. (parte 3/final)
Acabou!
Achei o texto muito minha cara, obrigada Daniel. =}
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Menina como uma flor. (parte 2)
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Menina como uma flor. (parte 1)
Penumbra
"Doce a água é!
Salgado são os
Peixinhos do mar
Que nadam
Sem rumo
E nem se quer
Lembram de tudo!
Amargo são
Os dedos dos pés
Que cutucam
A areia com tanta
Intensidade que
Nem se sabe por que!
Claras são as idéias
Escuros os sonhos
Lembranças na penumbra
Amarga a água é
Doce são os peixinhos
A nadar
Salgado os dedos dos pés
Enterrados na areia da praia
Nada sei do que falei
Apenas me veio em mente
Aquilo tudo que mente
Mentiras gostosas
De dizer."
sábado, 23 de agosto de 2008
(...)
Osho.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
(...)
Neruda. ♥
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Lispector *-*
___.
"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."
___.
"Eu sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo. (...) Sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.Sou um coração batendo no mundo."
___.
"A harmonia secreta da desarmonia. Quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz."
___.
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...Ou toca, ou não toca".
___.
"Sou uma filha da natureza:quero pegar, sentir, tocar, ser.E tudo isso já faz parte de um todo,de um mistério.Sou uma só... Sou um ser.E deixo que você seja. Isso lhe assusta?Creio que sim. Mas vale a pena.Mesmo que doa. Dói só no começo."
___.
" Não posso perder um minuto do tempoque faz minha vida.Amar os outros é a única salvaçãoindividual que conheço : ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca."
___.
" Escuta: eu te deixo ser. Deixa-me ser,então."
___.
"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo".
___.
"Fico com medo. Mas o coração bate.O amor inexplicável faz o coraçãobater mais depressa.A garantia única é que eu nasci.Tu és uma forma de ser eu,e eu uma forma de te ser:Eis os limites de minha possibilidade."
Continua... =}
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Charles *-*
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
(...)
Bring it on home.
Supremo castigo.
Mário Quintana.
Não pise na grama.
Nuanças.
Ah! Os relógios...
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
(...)
Dois barcos.
(...)
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo secretamente, entre a sombra e a alma.
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascender da terra.
te amo directamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho."
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Soneto.
Agosto, Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
Brilhasse o luar que importa? ou fosse o sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.
Que saudades de amor na aurora do teu rosto!
Que horizonte de fé, no olhar tranqüilo e garço!
Nunca mais me lembrei se era no mês de agosto,Setembro,
outubro, abril, maio, janeiro, ou março.
Encontrei-te. Depois... depois tudo se some
Desfaz-se o teu olhar em nuvens de ouro e poeira.
Era o dia... Que importa o dia, um simples nome?
Ou sábado sem luz, domingo sem conforto,
Segunda, terça ou quarta, ou quinta ou sexta-feira,
Brilhasse o sol que importa? ou fosse o luar já morto?
Alphonsus Guimaraens.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Carta
Estou lembrando tempos
Enquanto lhe vejo caminhar
Aguando a calçada
Um barbeia um velho
Deita a noite e diz poesia (serenata)
Vinho enquanto ouve choro costurar
Passei em casa, seu Zé não estava
Memórias Senhor Brás Cubas Postumavam
Enquanto vi passar Helena pra casa de chá
Devagar, bonde na praça
Ainda borda delicadeza
Torna a gente banca de flores
Libertando sorrisos no ar.
Dead poets society ♥
"Eu sempre lembrarei, o frio de novembro, as notícias do inverno, os sons na sala, o relógio na parede funcionando"
"Aproveite o dia"
"Eu escutava ele dizer: A vida não será sempre desse jeito, olhe ao seu redor, ouça os sons, curta sua vida enquanto você ainda está entre nós..."
"Colham seus botões de rosa enquanto podem, o velho tempo ainda voa... E essa mesma flor que hoje sorri, Amanhã estará morrendo"
"Nós podemos aprender do passado, mas aqueles dias se foram, nós podemos esperar do futuro, mas talvez não exista um.
Num monumento à aspirina.
o sol de um comprimido de aspirina:
de emprego fácil, portátil e barato,
compacto de sol na lápide sucinta.
Principalmente porque, sol artificial,
que nada limita a funcionar de dia,
que a noite não expulsa, cada noite,
sol imune às leis de meteorologia,
a toda hora em que se necessita dele
levanta e vem (sempre num claro dia):
acende, para secar a aniagem da alma,
quará-la, em linhos de um meio-dia.
*
Convergem: a aparência e os efeitos
da lente do comprimido de aspirina:
o acabamento esmerado desse cristal,
polido a esmeril e repolido a lima,
prefigura o clima onde ele faz viver
e o cartesiano de tudo nesse clima.
De outro lado, porque lente interna,
de uso interno, por detrás da retina,
não serve exclusivamente para o olhoa lente,
ou o comprimido de aspirina:
ela reenfoca, para o corpo inteiro,
o borroso de ao redor, e o reafina.
João Cabral de Melo Neto.
Sai a passeio.
Bela, nas simples roupas vaporosas;
E mostra às rosas do jardim as rosas
Frescas e puras que possui na face.
Passa. E todo o jardim, por que ela passe,
Atavia-se. Há falas misteriosas
Pelas moitas, saudando-a respeitosas...
É como se uma sílfide passasse!
E a luz cerca-a, beijando-a.
O vento é um choro
Curvam-se as flores trêmulas ...
O bando das aves todas vem saudá-la em coro ...
E ela vai, dando ao sol o rosto brendo.
Às aves dando o olhar, ao vento o louro
Cabelo, e às flores os sorrisos dando...
Olavo Bilac.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
É preciso não esquecer nada.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto, o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos, a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos, vigiados pelos próprios olhos severos conosco, pois o resto não nos pertence.
Cecília Meireles.
Who wants to live forever?
A vedadeira arte de viajar
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!
Mário Quintana. ♥
Trova
Antes deixes de bater!
Só num relógio é que as horas
Vão passando sem sofrer.
Mário Quintana.
The show must go on.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Breve segundo.
num pedaço de tempo
em que me esqueço
de tudo e apenas o vento
sei que passa porque
não consigod
eixar de sentir.
Tiago Tejo.
Quatro cantos.
Que roupa encontro comigo?
Azul? Cores cintilantes, alegrias vividas
Rosa? Amores encantados, beijos ao entardecer
Ou Verde? Esperança do impossível,
cortinas de outros tempos
A Negra...
Abisma e me perde, pântano que suga
Mas na Branca, ah, na Branca te encontro,
realçando contornos,
florindo jardins
E só assim me vejo, através dos teus olhos de bruma,
hálito de hortelã
Do teu beijo de heras, mão amiga, morna,
mesmo horizonte
Porque me acho no teu encontro,
me perco na ausência
E eu que tanto queria comemorar sozinha,
vejo a última gota se evaporando.
Patrícia Tenório.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Marinha.
que te quero verde vinho –
que te quero mar...
a onda balança o barco
a onda me traz sargaços
a onda me arrasta o olhar...
azul marinho –
e verde vinho –
de navegar: tons ondulados
– tons modulados
do azul do mar.
João Cavalcanti Nuto.
♥
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Vacilo da vocação.
--- com você --- saudades loucas ---
Nesta arte --- ininterrupta ---
De pintar ---
A poesia não --- telegráfica --- ocasional ---
Me deixa sola --- solta ---
À mercê do impossível ---
--- do real.
Ana Cristina César.
(...)
São marcas suaves, um pouco de mim que se modela
Nas coisas, meu alucinado desejo de permanecer...
Cacaso.
terça-feira, 29 de julho de 2008
A ponto de partir.
da Ana Cristina César.
Anjo mais velho
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"
Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar
Post para a Buh, hehe. ♥
domingo, 27 de julho de 2008
^^'
Depois de vários dias sem postar, aqui estou.
Er, eu não abandonei isso aqui, é que realmente esses dias eu não tenho tido criatividade nenhuma, ou mesmo saco pra vim aqui.
Se não fosse o Guillen ( http://fragmentosdosonhar.blogspot.com/ ), o que seria disso aqui?
Mô, obrigada por postar aqui, de verdade. ♥
Meus dias tem sido ótimos e apaixonados, tão lindo.
E espero que cada dia melhore, e vai melhorar. ;)
Ti, te amo. ♥
sexta-feira, 25 de julho de 2008
(...)
Esse é um dos meu poemas favoritos... GuillenQuando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...Aphonsus de Guimaraens
terça-feira, 22 de julho de 2008
(...)
Oh! não é bom rir-se de um morto -- brusca
Pois deve ser a sensação que aumenta
Desoladora, vagarosa, lenta
Da negra morte tétrica velhusca…
Tudo que em vida, como um sol, corusca,
Que nos aquece, que nos acalenta,
Tudo que a dor e a lágrima afugenta,
O olhar da morte nos apaga e ofusca…
Nunca se deve desprezar os mortos…
Nos regelados e sombrios portos,
Onde a matéria se transforma e urge
Exuberar na planturosa leiva,
Vivem os mortos no vigor da seiva,
Porque dão vida ao que da vida surge!…
Cruz e Souza
domingo, 20 de julho de 2008
Paper shoes.
Paper shoes in bad weathers. ~~;
Estou me sentindo assim hoje.
Ainda bem.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
O espelho.
Oh, como é belo dentro de mim
Teu corpo de ouro no fim da tarde:
Teu corpo que arde dentro de mim
Que ardo contigo no fim da tarde!
Num espelho sobrenatural,
No infinito (e esse espelho é o infinito?...)
Vejo-te nua, como num rito,
À luz também sobrenatural,
Dentro de mim, nua no infinito!
De novo em posse da virgindade,
- virgem, mas sabendo toda a vida -
No ambiente da minha soledade,
De pé, toda nua, na virgindade
Da revelação primeira da vida!"
Manuel Bandeira
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Realejo.
Trazendo o pão da manhã, a faca e o queijo
Ou talvez... um beijo teu
Que me empreste a alegria... que me faça juntar
Todo resto do dia... meu café, meu jantar
Meu mundo inteiro... que é tão fácil de enxergar... E chegar.
Será que a noite vira num vilarejo
Vejo a ponte que levara o que desejo
Admiro o que há de lindo e o que há de ser... você.
Menino.
Tua água eu vou buscar na fonte, teu passo eu já sei de cor
Sei nosso primeiro abraço, sei nossa primeira dor
Sei tua manhã mais bonita, nossa casinha de cobertor
Menino vou te guardar comigo
terça-feira, 15 de julho de 2008
(...)
Ela, janela
João, chão
Por você teço sonhos eloqüentes
Praias desertas,
Florestas tropicais
Com você converso sobre os mais variados assuntos e
Coisas sérias.
Medos, amores, desejos e horrores
No seu beijo imagino a doce luz da lua
Carregando-me para outro mundo
Guillen
Acabei de te escrever, pois escrever me faz sentir que a leveza do vento é capaz de me carregar
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Come what may.
Like I have never seen the sky before
I want to vanish inside your kiss
Every day I love you more and more
Listen to my heart, can you hear it sings?
Telling me to give you everything
Seasons may change, winter to spring
But I love you until the end of time... ♪
Pombos correio.
Conversa fiada
Só alegria, e um copo de água
Corre corre, pula corda
Nada morre na praia
Cansado de nada ter
E sempre esquecer
Ao teu lado, deitado
Olhando pro teto
O desejo amplo
Depois de hoje vem o ontem
Depois do amanha o por do sol
Você
O vento,
Os pombos correios
E minhas mensagens para você
Guillen.
Aaaa, te amo u.u'
(...)
make as many business
as you can
you will never know
who I am
your mother
says no
your father
says never
you´ll never know
how the strawberry fields it will be forever"
Leminski
Cantada.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Sinceramente.
Breakdown.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
(...)
deixando branca a página
para que a paisagem passe
e deixe tudo claro à sua passagem.
Marginal, escrever na entrelinha,
sem nunca saber direito
quem veio primeiro,
o ovo ou a galinha."
Leminski
terça-feira, 8 de julho de 2008
Os movimentos reais.
sem tempo ficou imóvel,
suspenso,
e deixou apenas
seu pensamento
se desprender sem
interromper a disposição
de um grão de pó
sequer
para ir
para o mais longe dali,
o mais distante universo
que alcança o pensamento,
e ir além
ainda mais
até não ser possível
então retornar,
para depois
se soltar
de si mesmo.
Ronald Polito.
A reinvenção da cidade.
Diniz Antônio Gonçalves Junior.
domingo, 6 de julho de 2008
Aconteceu.
Despertar sem passado.
deposito
meu coração cansado.
E quero, adormecida
no sonho bom
de teu semblante,
despertar sem passado.
Araldo Sassone.
sábado, 5 de julho de 2008
A vida assim nos afeiçoa.
quase impossiveis de romper:
tudo o que amamos são pedaços
vivos do nosso próprio ser. [...]
Manuel Bandeira.
Deserto e mar.
é o horizonte da minh'alma.
Chego ao teu fim: mais areia.
Chegas ao meu fim: mais água.
Juan Ramón Jimenez.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Rei Arthur.
- Trecho do Rei Arthur. *.*
Traga-me você.
um livro - um best seller - que me fale
das coisas que não sei, e que me cale
diante do bem que possa fazer-me.
Faça o obséquio de me dar (conceder-me)
um documentário que não me abale;
um dialético puro, que me fale
dos que os homens possam oferecer-me.
Como retorno darei meus ouvidos...
Meu olhos estarão atentos, fitos
nas letras, gestos, cores e imagens.
Mas traga, também, seus anos vivivos
e fique a meu lado, sem dor, sem mitos,
porque sozinho só verei miragens!
do Avaniel.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
-
Hoje o dia tá tão the killers, *.*
queria postar mais algumas coisas aqui, mas estou com sono e sem criatividade. ~~;
(...)
All I want... is to be with you. ♥
Sonho bom.
- e sonho bom a gente recorda cedo. -
E naquele levitar, eu te digo,
não existia lugar para o medo. [...]
do Avaniel.
terça-feira, 1 de julho de 2008
Dia perfeito.
Hoje eu pretendia postar algo diferente aqui, sei lá, algum poema do Avaniel, ou alguma poesia marginal...
... Mas o dia tomou um rumo diferente. *.*
Então, Avaniel ou qualquer outra coisa fica pra amanhã. =D
segunda-feira, 30 de junho de 2008
FINALMENTE LIVRE
Victoria: Sentindo-me bem esta tarde de sexta, eu encontrei com Julian, disse que ficaríamos juntos logo, ele sempre teve meu coração, ele precisa saber, eu me livrarei do Milagre, é hora dele partir. Este sentimento dentro de mim, finalmente achei meu amor, eu finalmente me libertei, não estou mais dividida em dois, ele mataria seu próprio irmão se ele soubesse. O amor deles renovou-se, eles se reuniriam em um caminho fora de vista, eles achavam que ninguém sabia, então veio o tiro naquela noite.
O dorminhoco: Uma última vez, nós nos deitaremos hoje, uma última vez, até desaparecermos, uma última vez, nós sumiremos. Enquanto seus corpos ainda jaziam e o final se aproximava, espíritos aparecem pelo ar, todos seus medos desaparecem, tudo fica claro, uma luz ofuscante aparece, uma velha alma trocada por uma nova, uma voz familiar aparece brilhando.
Nicholas: Este sentimento dentro de mim, finalmente achei meu amor, eu finalmente estou livre, não estou mais dividido em dois, eu aprendi sobre minha vida vivendo através de você, vivendo minha própria vida aprendendo de você, nós nos encontraremos novamente algum dia em breve.
___.
Reportagem da CNN: "Notícias de Londres, França, Rússia e Itália apagaram sua história, todos anticipando o êxito do homem considerado ser membro da aristocracia Americana. Mas como vocês podem imaginar, enquanto os céus escureceram aqui sobre Washington, o humor escureceu também e as pessoas aqui estão começando a se resignar para a possibilidadede que eles estão testemunhando mais uma tragédia em uma longa cadeia de infortúnios. Reações de todos os lugares, de Washington e certamente de todo o resto do mundo tem perg…”
___.
Hipnoterapeuta: “Abra seus olhos, Nicholas.”
Nicholas: "AAAH!"
O ESÍRITO SEGUE
Victoria: “Siga adiante, seja bravo, não chore no meu túmulo, porque eu não estou mais aqui, mas por favor nunca deixe suas lembranças de mim desaparecer”.
Nicholas: Seguro na luz que me rodeia, livre do medo e da dor, minha mente questionadora, tem me ajudado a achar o significado na minha vida de novo. Victoria é real, eu finalmente sinto em paz com a garota nos meus sonhos, e agora que eu estou aqui, está perfeitamente claro, eu descobri o que tudo isso significa. Se eu morresse amanhã, eu estaria bem, porque eu acredito que após nós morrermos, que o espírito segue.
ÚLTIMA DANÇA DA ETERNIDADE, UMA ÚLTIMA VEZ
[Passado]
Victoria: Uma última vez, nós nos deitaremos hoje, uma última vez, até desaparecermos, uma última vez, nós lentamente sumiremos.
[Presente]
Nicholas: Aqui estou eu dentro da casa dele, ela guarda as muitas pistas para minhas suspeitas, e enquanto eu estou aqui neste momento, eu finalmente sou mostrado o que eu sempre soube. Coincidência eu não posso crer, quando meus sonhos de criança lentamente tornam-se verdadeiros, essas são as recordações dela acordadas pelos meus olhos. Esta casa trouxe de volta à vida, uma porta aberta, eu passo por ela para dentro do quarto dele, sentindo tanto frio quanto do lado de fora. As paredes desaparecem, para alguma mulher que está gritando, um homem suplica perdão, suas palavras eu não consigo ouvir.
CASA
O Dorminhoco: Brilho – lago de fogo. Linhas me elevam, minha mente transborda desejo, confinado e exausto, viver essa charada está me levando a lugar nenhum. Eu não consigo matar essa charada, o sangue frio da cidade me chama pra casa. Casa é o que eu desejo, voltar para casa onde eu pertenço. A cidade – ela me chama, cenas decadentes da minha memória. Tristeza – Eternidade, meus demônios estão vindo para me buscar. Socorro – Eu estou caindo, eu estou engatinhando, eu não consigo me manter afastado de seu domínio. Não posso manter, esta rotina me chama de volta para meu lar.
O Milagre: Eu lembro da primeira vez que ela veio até mim, abriu sua alma a noite toda e chorou. Eu lembro que me disseram que há um novo amor que nasce para cada um que morreu, eu nunca imaginei que eu poderia seguir com essa vida, mas eu não consigo resistir a mim mesmo. Não importa o quanto eu tente, vivendo suas outras vidas, estão levando-os a lugar nenhum, eu a farei minha esposa, sua doce tentação me chama pra casa. Casa,é o que eu desejo, minha casa onde ela pertence. Seu extase – significa muito para mim, mesmo traindo meu próprio sangue. Victoria assiste e atenciosamente sorri, ela está me levando para minha casa. Socorro – Ele é meu irmão, mas eu a amo, eu não consigo ficar longe do seu toque. Decepção, desonra, está me chamando para minha casa.
[Presente]
Nicholas: A história dela – possui a chave destrancando sonhos da minha memória, resolvendo esse mistério, é tudo que é uma parte de mim. Socorro – regressão, obsessão. Eu não consigo ficar longe do seu toque, deixando sem dúvidas, para descobrir. Está me chamando de volta para minha casa.